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#Crimes de guerra

ONU diz que Daesh usou armas químicas no Iraque

Especialistas das Nações Unidas reuniram provas da utilização de armas químicas pelo autoproclamado Estado Islâmico no Iraque, entre 2014 e 2019. O relatório foi apresentado, esta segunda-feira, no Conselho de Segurança da ONU.

Sede da ONU, Nova Iorque. Imagem de arquivo.
Sede da ONU, Nova Iorque. Imagem de arquivo. AP - Adam Rountree
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A equipa de investigadores da ONU encarregue de investigar os crimes do Daesh afirma ter “provas testemunhais, digitais e documentais” de que o grupo usou armas químicas no Iraque entre 2014 e 2019.

Os especialistas denunciam que o autoproclamado Estado Islâmico "fabricou e produziu rockets e morteiros químicos, munições químicas para lança-rockets, ogivas de mísseis químicas e engenhos explosivos improvisados".

A investigação concluiu, por exemplo, que no ataque perpetrado contra a localidade de Taza Khormatu, a 8 de Março de 2016, há "uma quantidade significativa de provas", entre as quais "provas de indemnização de famílias pelo martírio dos seus membros mortos enquanto manipulavam armas químicas (...) e registos da formação dada (...) a agentes de topo sobre a utilização de substâncias químicas como armas, em particular dispositivos de dispersão química".

Entre os produtos utilizados nesse ataque, estavam "fosforeto de alumínio, cloro, a bactéria Clostridium Botulinum, cianeto, nicotina, ricina e sulfato de tálio". Por isso, há "problemas médicos de que actualmente sofrem os habitantes de Taza Khormatu”, como doenças crónicas, vários tipos de cancro e distúrbios reprodutivos.

O documento denunciou, ainda, outros crimes graves, como violência sexual em massa, perseguição da comunidade cristã do Iraque e de outras comunidades e a destruição do património cultural e religioso do país.

Além disso, o relatório aponta "uma estreita associação" entre os dirigentes do Daesh "e determinadas empresas de serviços financeiros, que se tornaram cúmplices de sistemas de extorsão de dinheiro à população local, assegurando a gestão e a transferência da riqueza saqueada".

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