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Médio Oriente

Primeiros feridos palestinianos e binacionais deixam Gaza rumo ao Egipto

Cerca de 90 feridos palestinianos deixaram Gaza de ambulância rumo ao Egipto para serem tratados, antes de também saírem do enclave 545 binacionais e estrangeiros que segundo as autoridades palestinianas foram autorizados a passar por Rafah, único acesso para o exterior que não é controlado pelos israelitas.

Ambulâncias pertencentes ao Ministério da Saúde palestiniano atravessam a passagem de Rafah. Elas transportam feridos palestinianos para hospitais egípcios, neste dia 1 de Novembro de 2023.
Ambulâncias pertencentes ao Ministério da Saúde palestiniano atravessam a passagem de Rafah. Elas transportam feridos palestinianos para hospitais egípcios, neste dia 1 de Novembro de 2023. © MOHAMMED ABED / AFP
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Neste que é o 26° dia de guerra naquela zona, pelo menos 40 ambulâncias foram vistas a dirigir-se para a fronteira entre a faixa de Gaza e o Egipto para onde cerca de 90 feridos foram levados para serem tratados.

De acordo com as autoridades israelitas, 70 camiões de ajuda humanitária entraram ontem em Gaza. Mas a ONU que contabilizou a chegada de 143 camiões de ajuda a Gaza desde o passado 21 de Outubro, insiste sobre a necessidade absoluta de um apoio muito mais consequente.

Em paralelo com a chegada ao conta-gotas dessa ajuda, continuam os bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza desde o dia 7 de Outubro, altura em que ataques do movimento armado Hamas provocaram mais de 1.400 mortos do lado israelita. Num novo balanço das vitimas do conflito, o ministério palestiniano da saúde deu conta de cerca de 8.800 mortos.

Nesta quarta-feira, o Hamas que controla a Faixa de Gaza disse que 7 dos cerca de 240 reféns que detém no enclave morreram em bombardeamentos efectuados ontem por Israel contra um campo de refugiados em Jabaliya, no norte. Segundo Israel, este bombardeamento que terá provocado pelo menos 47 mortos, visava um chefe do Hamas que afirma ter "eliminado".

A Arábia Saudita, peso-pesado regional que antes do conflito estava em negociações para a normalização das suas relações com Israel, condenou "com a maior firmeza" este bombardeamento. No mesmo sentido, ao denunciar o que qualifica de "novo massacre", o Qatar que tem estado envolvido em tentativas de resolução da crise, considerou hoje que estas ocorrências poderiam "comprometer os esforços de mediação".

A Turquia e o Irão reclamaram uma conferência internacional de modo a tentar evitar uma guerra regional. O chefe religioso máximo iraniano Ali Khameney lançou um apelo para que os países árabes rompam os seus elos comerciais com Israel.

Ainda no campo diplomático, Washington anunciou ontem à noite que o secretário de Estado americano Antony Blinken vai deslocar-se nesta sexta-feira a Israel, nesta que será a sua segunda digressão na região desde o 7 de Outubro.

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