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Iémen

Rebeldes Hutis do Iémen reivindicam ataque contra petroleiro no Mar Vermelho

Os rebeldes Hutis do Iémen reivindicaram ontem o tiro de míssil que atingiu um petroleiro norueguês este fim-de-semana no Mar Vermelho sem causar vítimas. Os Hutis que são apoiados pelo Irão, inimigo directo de Israel, afirmaram ter conduzido este ataque em solidariedade para com os palestinianos da Faixa de Gaza, actualmente palco da guerra entre o Estado Hebreu e o Hamas.

O 'Strinda', então 'Mid Falcon', no sul do Mar Vermelho em 2018.
O 'Strinda', então 'Mid Falcon', no sul do Mar Vermelho em 2018. © GIBBO/FLEETMON
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Esta reivindicação surge depois de o exército americano ter confirmado na segunda-feira que um míssil disparado a partir das zonas controladas pelos Hutis tinha causado um incêndio, sem provocar vítimas, no 'Strinda', petroleiro norueguês que estava a navegar ao largo do Iémen. Surge também depois de Paris indicar ontem que tinha abatido na segunda-feira um drone que ameaçava esse mesmo navio e que tinha igualmente abatido mais dois outros drones que se dirijam contra a sua fragata de segurança marítima.

Ao reivindicar ontem o ataque contra o petroleiro 'Strinda', mencionando que "transportava combustível para Israel", os Hutis enfatizaram que "nos últimos dois dias, as forças armadas iemenitas tinham conseguido impedir a passagem de vários navios" para Israel. Ainda no sábado, o grupo rebelde que é apoiado por Teerão, avisou que iria atacar qualquer navio no Mar Vermelho que se dirigisse a Israel, se a população da Faixa de Gaza não recebesse ajuda de emergência.

O Hamas, membro do que denomina de "eixo da resistência" contra Israel, juntamente com o Hezbollah libanês e os Hutis, saudou este ataque que qualificou de "corajoso e audacioso".

Na semana passada, os Hutis atacaram dois navios junto da costa do Iémen alegando que pertenciam a israelitas, sendo que no passado dia 19 de Novembro também capturaram um navio mercante pertencente a uma empresa britânica controlada por um empresário israelita.

A multiplicação dos ataques no Mar Vermelho tem feito aumentar a tensão nesta zona considerada uma das principais rotas comerciais marítimas do mundo. De acordo com dados oficiais, cerca de 40% do comércio internacional transita pelo estreito de Bab-el-Mandeb que separa a Península Arábica de África.

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