Rússia vai intensificar ataques contra alvos militares ucranianos
A Rússia vai reforçar os ataques na Ucrânia, em retaliação pelo bombardeamento contra a cidade de Belgorod. O Presidente russo afirmou esta segunda-feira que as forças de Moscovo têm neste momento a "iniciativa estratégica" na frente ucraniana, onde ganham terreno desde o fracasso da contra-ofensiva de Kiev.
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Durante uma visita a um hospital militar, o presidente russo considerou um "ato terrorista" o bombardeamento de Belgorod, que matou 24 pessoas e deixou mais de uma centena de feridos, este fim-de-semana. Vladimir Putin garantiu que nenhum crime contra civis ficará impune. Em conversa com os militares, disse que o curso da ofensiva está a mudar a favor da Rússia e que Moscovo esperava terminar a guerra, mas apenas se forem cumpridas as suas condições.
A Rússia continua a negar as acusações ocidentais e ucranianas de que tem como alvo infra-estruturas civis.
Ontem, no tradicional discurso de ano novo, sem mencionar directamente a Ucrânia, Putin afirmou que a Rússia vive “uma fase histórica” e estará “ainda mais forte” no próximo ano.
Por seu lado, o presidente ucraniano prometeu "devastar" as forças russas que invadiram o seu país há quase dois anos, garantindo que, em 2024, a Ucrânia terá pelo menos mais "um milhão" de drones no seu arsenal no próximo ano e caças F-16 fornecidos pelos seus parceiros ocidentais.
Quatro mortos em ataque ucraniano em Donetsk
Esta segunda-feira, a Ucrânia denunciou um “ataque”, durante a noite de Ano Novo, às cidades de Lviv e Odessa com recurso a 90 drones, que causou pelo menos um morto. A Rússia comunicou bombardeamentos ucranianos e ataques de drones na região fronteiriça de Belgorod, que não causaram vítimas.
Num outro ataque, quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas durante um ataque ucraniano durante a noite na cidade de Donetsk.
Segundo Denis Pushilin, que dirige a "República" de Donetsk, as forças ucranianas atacaram o centro deste reduto pró-Rússia com bombas de dispersão. "O objectivo do inimigo era causar o maior dano possível à população civil", declarou Pushilin na rede social Telegram.
Um jornalista morreu e outro ficou ferido, segundo os serviços de resgate citados pela agência de notícias russa TASS.
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