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Israel / Hamas

ONU impedida de acesso a Rafah, UE inquieta com continuação dos ataques

Genebra, Suiça – A ONU indicou nesta terça-feira 7 de Maio que o seu acesso ao ponto de passagem de Rafah na Faixa de Gaza tinha sido proibido por Israel e, que por essa razão a ajuda humanitária deixou de poder entrar no território palestiniano.

Foto fornecida pelas Forças de Defesa de Israel mostrando um tanque de guerra entrando em Rafah a 7 de Maio de 2024. (Israel Defense Forces via AP)
Foto fornecida pelas Forças de Defesa de Israel mostrando um tanque de guerra entrando em Rafah a 7 de Maio de 2024. (Israel Defense Forces via AP) AP
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Segundo o representante da ONU, Jens Laerke, numa conferência de imprensa de rotina, em Genebra, o organismo israelita que coordena a política do país hebreu nos territórios palestinianos, tomou essa decisão, que inclui a paragem da circulação de pessoas e bens, nos dois sentidos.

Ainda de acordo com aquele porta-voz das Nações Unidas, isso "terá um impacto considerável" sobre a população, porque mais nada pode entrar via Kerem Shalom, por ser um local na mira dos roquetes.

Quanto ao ponto de passagem por Erez, recentemente aberto por Israel, toda e qualquer ajuda que por lá eventualmente passar será minuciosamente escrutinada pelas autoridades israelitas, de acordo com declarações do porta-voz da UNICEF, James Elder, na mesma conferência de imprensa.

A preocupação da ONU é principalmente com a ausência de reservas de bens de consumo em Gaza, e porque as poucas que existem são de combustíveis inteiramente "destinados ao conjunto" de operações humanitárias na Faixa de Gaza.

Por seu turno a União Europeia soou o alarme quanto ao impacto humanitário decorrente da continuidade nos bombardeamentos a Rafah por parte de Israel, e pela tomada de controlo da parte palestiniana do ponto de passagem daquela porção do sul de Gaza com o Egipto.

Essas operações de Israel antecedem as negociações previstas para o Cairo, de um projecto de tréguas para o qual o Hamas havia, para surpresa geral, dado luz verde segunda-feira 6 de Maio, afim de tentar travar a guerra que já dura há 7 meses, despoletada pelo seu ataque em solo israelita.

A ministra belga da Cooperação para o Desenvolvimento chegou mesmo a declarar que "deveria haver uma linha vermelha (...), o encerramento da fronteira (com o Egipto) ameaça directamente de fome milhões de pessoas. Está claro que o direito internacional deixou de ser respeitado em Gaza".

Momentos antes de uma reunião em Bruxelas com os seus 27 homólogos, Caroline Gennez advertiu que "era importante dar-se a Israel um sinal um sinal correcto e unânime, para que a violência cesse (...). Há que garantir que estejam sobre a mesa todos os instrumentos à nossa disposição, incluindo sanções."

A União Europeia, os Estados Unidos e o Secretário geral da ONU António Guterres, tinham apelado Israel a não pôr em execução a ameaça de uma vasta operação terrestre contra Rafah.

Os 27 Estados Membros, representados no Conselho da União Europeia, publicaram terça-feira uma declaração sobre a ajuda humanitária, apelando sem designar qualquer país, "a contribuir para o aumento da protecção de pessoas afectadas, bem como a redução dos constrangimentos que afectam os actores da protecção (humanitária), incluindo as violações do direito internacional humanitário e a falta de acesso".

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