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Turismo: A vítima colateral da Covid-19 em São Tomé e Príncipe

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Falta de divisa estrangeira, hotéis encerrados e guias turísticos no desemprego. É o retrato de um país onde mais de 5.000 pessoas dependem do sector do turismo, a vítima colateral da pandemia da Covid-19. As autoridades reconhecem que o país atravessou um período sombrio, no entanto reconhecem que nos últimos tempos houve um aumento do número de turistas no país. Nas ruas da capital os relatos não são tão animadores, como constatou a reportagem da RFI.

Ruas da capital São Tomé
Ruas da capital São Tomé © Neidy Ribeiro
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Quase dois anos depois do surgimento da Covid-19, os efeitos continuam a sentir-se nas ruas da capital são-tomense. O sector do turismo é a vítima colateral desta pandemia como explica Duarte Sacramento, cambista há mais de vinte anos.

"Não há turistas e nós ficamos lesados (...) porque dependemos das divisas".

Na capital, muitos hotéis foram obrigados a despedir funcionários, como admite Tina Costa, proprietária de uma pequena residencial que abriu as portas em 2008.

"Depois da pandemia quase não temos clientes. Tínhamos seis funcionários, hoje temos apenas um". (...) O governo deu ajuda só uma vez e até agora nada".

Num país dependente da ajuda externa e do sector do turismo as dificuldades têm sido muitas, constata Sidney Pinto, guia turístico na capital.

"A pandemia afastou os turistas e prejudicou o ambiente de negócios no pais".

José Antonio, chefe de departamento de Qualificação Turística de São Tomé e Príncipe, reconhece que o país atravessou um período sombrio, porém admite que nos últimos tempos se verificou um aumento do número de entradas.

"Neste momento há um aumento do número de turistas em São Tomé e Principe".

Apesar dos constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19, alguns empresários do sector do turismo souberam responder às novas exigências dos viajantes, como é o caso de Vladimir Vera Cruz, proprietário de uma agência de viagens, em São Tomé.

"Tentamos adaptar-nos muito rapidamente à nova realidade, porque o modo de viajar mudou. A procura começou a ser casas em vez de hotéis. Os primeiros meses foram muito difíceis, tivemos actividade zero. A partir de janeiro deste ano tivemos um "boom", começou a haver mais procura".

Resta saber se o sector do turismo são-tomense que emprega, directa e indirectamente, cerca de 5 mil pessoas saberá adaptar-se à nova realidade dos viajantes pós-Covid-19.

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