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Paola Emerson: “Pode haver uma crise humanitária para além da crise política no Sudão”

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Há mais de dez dias que ocorreu o golpe de estado perpetrado pelos militares no Sudão. Desde então o poder está nas mãos do exército e do general Abdel Fattah al Burhan que dissolveram as autoridades de transição e decretaram o estado de emergência, para além de terem detido os membros civis do Governo deposto.

Há mais de dez dias que ocorreu o golpe de Estado perpetrado pelos militares no Sudão.
Há mais de dez dias que ocorreu o golpe de Estado perpetrado pelos militares no Sudão. © REUTERS - MOHAMED NURELDIN ABDALLAH
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Nesta quarta-feira 3 de Novembro, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, os Estados Unidos e o Reino Unido fizeram um apelo conjunto para o regresso imediato do governo civil, dirigido pelo Primeiro-Ministro Abdallah Hamdok, e condenaram a sua “detenção arbitrária”.

Nesta altura, o trabalho das organizações humanitárias tem sido importante para ajudar as populações vulneráveis, ou os deslocados que fogem da violência.

Paola Emerson, chefe luso-americana do Gabinete de Coordenação da Ajuda Humanitária das Nações Unidas - OCHA -, abordou a situação humanitária no país, que se tornou mais problemática depois do Golpe, e admitiu que apenas chegou 30% do financiamento reclamado para a ajuda humanitária em território sudanês.

08:50

Paola Emerson, chefe luso-americana do Gabinete de Coordenação da Ajuda Humanitária das Nações Unidas 04-11-2021

Era Paola Emerson, chefe luso-americana do Gabinete de Coordenação da Ajuda Humanitária das Nações Unidas, que está no Sudão há três anos, ela que também fez um apelo à comunidade internacional para que a ajuda financeira chegue rapidamente ao Sudão para facilitar o trabalho da ajuda humanitária para apoiar os mais vulneráveis.

Recorde-se que o Golpe de Estado militar decorreu a 25 de Outubro. O general Abdel Fattah al Burhan afirmou na televisão que pretende uma transição para um Estado civil e eleições livres em 2023.

Com a queda do antigo Presidente Omar al Bashir em 2019 tinha sido instaurado um Conselho de soberania composto por civis e militares que deveria conduzir o país para eleições livres no final de 2023.

A situação do Sudão deve ser analisada no Conselho para os Direitos Humanos da ONU nesta sexta-feira 5 de Novembro.

Desde o golpe de Estado ocorreram várias manifestações em Cartum, capital do país.
Desde o golpe de Estado ocorreram várias manifestações em Cartum, capital do país. © via REUTERS - RASD SUDAN NETWORK
11:00

CONVIDADA 04-11-2021 MM

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