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Moçambique tem “um exército de marginalizados sem perspectivas nenhumas”

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“Jorginho: breve história de um jovem makonde muçulmano do Al Shabaab”, da autoria de Sérgio Chichava procura mostrar que o conflito em Cabo Delgado é muito mais que uma questão étnica. 

Criança em Metuge, Cabo Delgado. 24 de Fevereiro de 2021.
Criança em Metuge, Cabo Delgado. 24 de Fevereiro de 2021. AFP - ALFREDO ZUNIGA
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O artigo mostra que à semelhança do que aconteceu no seio dos Muanis e Macuas também nos Makondes o Al Shabaab conseguiu recrutar. Porquê? Porque, todos os jovens recrutados por estes movimentos radicais apresentam o mesmo perfil: dificuldades financeiras, sem trabalho e sem perspectivas de futuro.

Segundo o Director do Instituto de Estudos Sociais e Económicos de Moçambique, “à semelhança de outros jovens que se juntaram ao Al Shabaab, Jorginho teria sofrido influências externas de sheiks radicais tanzanianos, com um discurso radical contra o governo (...) e teria sido atraído por promessas de enriquecimento. (...) A história do Jorginho mostra que o Al Shabaab se aproveita de jovens em situações difíceis para os seduzir não só com ofertas de valores monetários, mas também de emprego e vida eterna. Mostra também que o Al Shabaab é um grupo etnicamente heterogéneo.

O investigador alerta ainda para a necessidade de resolução do problema, lembrando as dificuldades das camadas mais jovens, marginalizadas e esquecidas pelo poder central: Moçambique tem “um exército de marginalizados sem perspectivas nenhumas.”

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