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Reportagem

Presidenciais francesas: "É importante participar na escolha dos meus dirigentes"

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Emanuel Francis é um dos 48,7 milhões de eleitores chamados às urnas este domingo, para eleger um dos 12 candidatos ao Eliseu. O eleitor franco-angolano vota em França desde 1996. A RFI foi acompanhá-lo à  escola René Binet, onde cumpriu o seu direito de voto, em Paris.

Perto de 49 milhões de franceses são chamados às urnas este domingo para eleger o próximo presidente do país.
Perto de 49 milhões de franceses são chamados às urnas este domingo para eleger o próximo presidente do país. REUTERS - DENIS BALIBOUSE
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Emanuel Francis é um dos 48,7 milhões de eleitores chamados às urnas este domingo, para eleger um dos 12 candidatos ao Eliseu. O eleitor franco-angolano vota em França desde 1996. A RFI foi acompanhá-lo à  escola René Binet, onde cumpriu o seu direito de voto, em Paris.“Eu já voto desde 1996”. 

Já votou algumas vezes!

“Já, muitas vezes. Já conheci cinco presidentes franceses. Se for eleito um novo presidente, então fará seis presidentes que eu conheço desde que vivo cá”.

Pediu nacionalidade porquê?

“É mais fácil quando se vive num país estrangeiro. Nestes países aqui na Europa é mais fácil a pessoa deslocar-se, tratar de muitos assuntos tendo nacionalidade. Pode viajar à vontade sem precisar de visto. É mais fácil ter a nacionalidade”.

Para si, votar aqui em França é importante? 

“É. Eu vivo cá, tal como os cidadãos franceses. Contribuo em muita coisa no desenvolvimento dessa sociedade, da minha comunidade. Então é importante que eu também possa participar na escolha dos dirigentes da comunidade onde eu vivo, não é? 

Já estamos aqui a chegar. 

“Já chegamos, já chegamos. é mesmo aqui. René Binet”

E não há fila, pelo menos cá fora? 

“Não. Cá fora não há fila. É só chegar, talvez, encontrar duas ou três pessoas e é tudo”. 

Vai colocar a máscara? 

“Sim, pediram-nos que colocássemos, então vamos obedecer”. 

O que é está a preparar? Explique-me. 

“Estou aqui a preparar o meu documento para apresentar e o cartão de eleitor”.

Junto às mesas de voto encontravam-se 12 boletins com os nomes dos candidatos. "Cada eleitor escolhe pelo menos dois boletins para colocar o nome do candidato escolhido dentro de um envelope", explicou-nos o eleitor.

“Agora eu vou pegar o boletim. Tem vários boletins. Aqui temos 12 candidatos. Tenho que tirar pelo menos dois boletins”. 

Não vou olhar. 

“Não, pode olhar. Depois não vai saber quem eu vou votar”. 

E já está, já votou.

“Já está. Aqui é rápido. Não é como em Angola. Em Angola é preciso a pessoa ficar numa longa fila. Talvez uma hora, duas, para poder votar. Mas aqui é rápido”. 

Como assim? 

“A diferença é que lá em Angola não há muitas assembleias de voto. Eu acho que o próprio Governo também faz de propósito ao colocar poucas assembleias e faz com que haja muitas enchentes. Aqui não”.

Acha que a participação vai ser importante aqui em França, hoje? 

“Isto é uma incógnita. Mas eu tenho a sensação que poderá ser mais forte do que nas eleições passadas”. 

Caso haja uma segunda volta independentemente dos candidatos, vai voltar a votar? 

“Normalmente sim. Seja como for, eu sempre voto”. 

Era o eleitor franco-angolano Emanuel Francis que vota em França desde 1996. Ele foi um dos 48,7 milhões de eleitores chamados às urnas, este domingo, para escolher o próximo Presidente da República francesa.

Os resultados da primeira volta poderão ser consultados aqui.

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