São Tomé e Príncipe: Governo e Ministério Público de costas voltadas
O governo são-tomense e Ministério estão de costas voltadas devido a polémica do desaparecimento de drogas na Polícia Judiciária (PJ).
Publicado a:
Ouvir - 01:31
A questão da directora da Polícia Judiciária estar a ser investigada pelo Ministério Público num caso implicando o desaparecimento de droga das instalações policiais levou a que o governo censurasse a actuação dos magistrados.
O Governo de São Tomé e Príncipe retirou a confiança ao Procurador-Geral da República e acusa Kelve Nobre Carvalho de "desrespeito acintoso do dever de informação".
A decisão consta do comunicado do executivo na sequência da octogésima reunião do Conselho de ministros.
O governo são-tomense reagiu e considerou ser “inesperada a notícia” de que a directora da Polícia Judiciária, e alguns dos seus colaboradores como arguidos: como um arrepio das normas procedimentais que regem a matéria”, segundo o comunicado lido pelo porta-voz do executivo, Adelino Lucas.
"Em virtude da dificuldade e disfuncionamento institucional, o governo vem, desta forma, veemente responsabilizar o digníssimo Procurador-Geral da República pelo acumular das violências incorrecto e retira a sua confiança", afirmou.
O sindicato de magistrados do Ministério Público, na voz da Procuradora, Vera Cravid, já reagiu, repudiando a decisão do governo em retirar a confiança ao Procurador-Geral da Republica.
"Reconhecer o absoluto respeito pelo senhor Procurador-Geral, que sempre demonstrou pelos princípios da legalidade, objectividade e imparcialidade, bem como à autonomia interna dos seus magistrados", descreveu Vera Cravid.
O desaparecimento de droga nas instalações da PJ está na origem desta polémica entre o governo e o Ministério Público.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro