Canábis para fins medicinais domina debates presidenciais são-tomenses
Um projecto de cultura de canábis para fins medicinais está a dominar a campanha para as presidenciais de São Tomé e Príncipe. O actual governo são-tomense afirmou que não existe nenhum acordo para a exploração no país de canábis. Mais pormenores com Maximino Carlos.
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O caso sobre a eventual plantação de canábis em São Tomé e Príncipe para fins medicinais tem dominado a campanha presidencial no país.
O governo nega a existência de qualquer acordo nesta matéria e disse que não há nenhuma legislação no país sobre o assunto.
Não há qualquer acordo assinado com algum investidor estrangeiro, sobre a plantação de canábis em São Tomé e Principe para fins medicinais.
O ministro são-tomense das Finanças, Osvaldo Vaz, afirmou que não foi assinado nenhum acordo sobre este assunto. "O governo não aprovou nenhum projecto para o cultivo de canábis e nem poderia fazê-lo".
Osvaldo Vaz afirmou que São Tomé e Príncipe não dispõe de nenhuma legislação sobre esta matéria ."Não há legislação no país para o efeito. Se houvesse legislação, estariam envolvidas todas as instituições. A lei tinha que ir para a Assembleia, o Presidente da República tinha que promulgar. Por isso, nós não temos nada que facilite a produção de canábis e todo o mundo que está a fazer isso é ilegal", esclareceu o governante.
O ministério da agricultura tornou público um comunicado no qual desmente que existe um acordo e que foram apenas auscultadas algumas pessoas por uma equipa multissectorial.
Num comunicado endereçado à imprensa local, o Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe afirmou que tinha recebido através da Agência de Promoção do Comércio e Investimentos (APCI) um projecto de investimento para efeitos de parecer, mas que uma vez analisado o mesmo foi submetido ao governo.
O governo incumbiu ao Ministério da Agricultura,Pescas e Desenvolvimento Rural de consultar as populações a nível nacional, no que diz respeito ao projecto de cultura de canábis, planta que já tem sido utilizada na indústria farmacêutica de outros países para a produção de medicamentos visando o tratamento e cura de várias patologias.
O Ministério da Agricultura são-tomense realçou que não existem competências locais, para a cultura do canábis.
Líder da corrente coligação governamental, o partido MLSTP decidiu denunciar o projecto de plantio de canábis em São Tomé e Príncipe.
A questão do canábis tem sido tema de debates, na campanha para as eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe que decorrem a 18 de Julho de 2021
Ouça aqui a correspondência de Maximino Carlos:
Correspondência de Maximino Carlos do dia 6 de Julho de 2021
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