Natal são-tomense, mesmo em tempos de crise
A comemoração do Natal em São Tomé e Príncipe é muito antiga, mas anualmente vai ganhando contornos diferentes. Factores sociais e financeiros estão na origem dessas alterações.
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Mas por mais que hajam apertos financeiros nas famílias os santomenses não deixam de comemorar o Natal como manda a tradição. É maior festa religiosa do país.
Apesar da difícil situação financeira do país ao longo dos últimos 11 meses do ano muitas famílias fizeram as suas economias para que o seu Natal seja feliz.
As compras de Natal nem sempre são feitas nas lojas . Muitos fazem-nas nos locais onde os produtos estão expostos ao ar livre. É o momento de maior azáfama na capital do país onde os consumidores ,viaturas e motociclos se cruzam , complicando o transito.
Tal como na maioria dos países, tradições como árvores de Natal e presentes são assinaláveis.
Mas, cumprindo a tradição, a União nacional dos escritores e artistas santomenses, UNEAS, realiza nos distritos e na Região autónoma do Príncipe, o concurso fiá gleza.
È o presépio feito a base de materiais tradicionais do país. Este presépio é construído com folhas sempre verdes que simbolizam a renovação da vida.
No Natal há tradicional Missa do Galo à meia Noite. Os religiosos devotos vão à missa na qual são visíveis os cânticos tradicionais do Natal e actualmente alguns em santomé ou forro, o crioulo mais falado nestas ilhas do Equador.
As famílias reúnem-se para passarem momentos juntos num país onde a maioria da população é cristã. Não faltam iguarias tradicionais para além dos habituais conselhos dos mais velhos, porque o Natal em São Tomé e Principe também é considerado o dia da família, momento para a consolidação dos laços familiares.
Com Maximino Carlos, em São Tomé e Príncipe.
Maximino Carlos, correspondente da RFI em São Tomé
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