Agitação na justiça são-tomense

Em São Tomé e Príncipe o ministério da justiça alega ter ordenado cortar os salários e demais benesses dos juízes reformados compulsivamente após a decisão do Supremo tribunal de justiça no caso da cervejeira Rosema em prol do angolano Mello Xavier.

Justiça THOMAS COEX / AFP

Entretanto a justiça são-tomense acabou por reconhecer a propriedade da mesma aos irmãos Monteiro enquanto os partidos da oposição procuram advogar a sua causa perante o corpo diplomático no arquipélago. Numa altura em que os irmãos Monteiro anunciaram a sua retirada do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD).

O ministério público, administração e direitos humanos publicou uma nota na qual dá a conhecer a cessação de todas as competências, direitos e regalias inerentes às funções dos juízes conselheiros que foram destituídos.

A nota refere ainda que foram notificados a direcção administrativa e financeira e o director do gabinete dos tribunais no sentido de receberem as chaves dos gabinetes e das viaturas que estavam afectos aos três juízes.

Por outro lado, os irmãos Monteiro reassumiram o controlo da Rosema e anunciaram a sua retirada do MLSTP-PSD; "vamos estar de fora porque, de facto, não sentimos que somos queridos dentro do seio do MLSTP, deste novo MLSTP. A Rosema é sem dúvida pertença dos irmãos Monteiro. A fábrica está a trabalhar". Uma retirada que vai pesar muito na estratégia política dos sociais-democratas.

A solidariedade aos irmãos Monteiro não pára de chegar à comunicação social. A oposição segue o seu ciclo de audiência com representantes do corpo diplomático acreditado em São Tomé e Príncipe para emitir o seu posicionamento relativamente aos últimos acontecimentos do país como nos explica o nosso correspondente em São Tomé e Príncipe, Máximino Carlos.

01:31

Correspondência de São Tomé e Príncipe