STP: Comandante Guarda Presidencial exonerado

Exonerado o comandante-geral da guarda Presidencial, major Leopoldo Fernandes, substituido pelo intendente Artur Varela, com em pano de fundo a investigaçao à "operação terorista" que levou à detençao de 3 espanhóis e 2 santomenses, as armas apreendidas seriam provenientes da guarda Presidencial.

Palácio Presidencial, na capital de São Tomé e Príncipe RFI / Liliana Henriques

O Intendente, Artur Varela é o novo comandante da guarda Presidencial na sequência da exoneração do Major do exército Leopoldo Fernandes, vulgarmente conhecido por "Rambo".

Artur Varela, oficial superior da polícia nacional, assumiu desde a última sexta-feira (10/07) as suas funções.

Com uma larga experiência na polícia nacional, ele terá a missão de reestruturar a referida unidade militar e para-militar, com a missão de garantir a segurança do Presidente da República Evaristo Carvalho e das suas estruturas.

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Maximino Carlos, correspondente em São Tomé

Fontes concordantes, afirmam que a destituição do ex-comandante da guarda Presidencial, está relacionada com a investigação em curso sobre a alegada tentativa de"operação terrorista que visava o sequestro do Preisdente Evaristto Carvalho, do Presidente do Parlamento e a eliminação física do primeiro-ministro", cujo desmantelamento foi anunciado a 3 de Agosto.

Algumas fontes referem que a investigação prossegue, mormente na inventariação do armamento da guarda Presidencial e na auscultação de alguns elementos, tendo em conta que há indícios de que as armas apreendidas na operação de detenção dos três cidadãos espanhóis e dois cidadãos santomenses, teriam códigos idênticos às usadas pela guarda Presidencial.

Os dois cidadãos santomenses em causa são Albertino Fernandes, antigo ministro da Juventude e Desporto no governo de Gabriel Costa e um ex-membro do extinto Batalhão Búfalo, que com os dois espanhóisestão na cadeia central em prisão preventiva, enquanto as forças de defesa e segurança, prosseguem as investigações..

Alguns agentes estão a ser alvo de investigação e admite-se que o raio da averiguação poderá ser extensivo.

Esta é alegadamente a segunda tentativa de subversão da ordem constitucional em menos de dois meses no país, depois de a 21 de Junho o governo ter anunciado a detenção de Gaudência Costa, dirigente do MLSTP/PSD, deputado e antigo ministro da Agricultura e do sargento Ajax Managem, que entretanto por falta de provas, foram libertados e colocados em regime de termo de identidade e residência.