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Angola diz adeus ao Rio com honroso andebol

O andebol feminino fechou ontem de forma honrosa a participação angolana nas Olimpíadas com uma derrota numa inédita presença nos quartos. São Tomé e Príncipe também se despediu esta quarta-feira do Rio que ainda conta, já amanhã, com as participações guineense, cabo-verdiana e moçambicana.

A comitiva angolana no Rio2016
A comitiva angolana no Rio2016 RFI/Élcio Ramalho
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A selecção feminina de andebol de Angola perdeu ontem com a Rússia por 31-27 ficando-se pela já histórica presença nos quartos-de-final e conseguindo o ponto mais alto das Olimpíadas para o país que assim se despede de forma honrosa dos Jogos do Rio. De partida também está a delegação são-tomense depois de ontem, o seu derradeiro atleta em competição, Romário Leitão, se ter ficado pela primeira fase dos 5000 metros ao ser 25° da série 2 e 50° de entre os participantes nas eliminatórias.

Entre os afro-lusófonos, o grande destaque de ontem foi a boa prestação de Jordin Andrade que ficou em 6° na segunda meia-final dos 400 metros barreiras e em 16° entre os velocistas das meias-finais e que se tornou no primeiro cabo-verdiano a disputar as meias-finais de uma prova olímpica. Do lado moçambicano, Joaquim Lobo foi ontem afastado da competição em canoa individual C1 200 metros ao ocupar o 6° lugar na bateria 2.

Mas a participação afro-lusófona nas Olimpíadas continua já esta sexta-feira com a Guiné-Bissau na luta, Moçambique na canoagem e Cabo Verde na ginástica.

O guineense Augusto Midana disputa amanhã a partir das 13h00 (Guiné-BIssau) a qualificação em luta livre na categoria -74 quilos. Na mesma modalidade, mas no domingo a partir das 11h30, o seu compatriota Bedopassa Buassat Djonde tenta a qualificação em -97 quilos. Já a cabo-verdiana Elyane Boal entra amanhã no tapete, a partir das 12h20 para as qualificatórias de ginástica rítmica individual.

Por seu turno, os moçambicanos Joaquim Lobo e Mussa Chamaune entram amanhã a partir das 14:20 (Moçambique) nas águas do Rio de Janeiro para a bateria 1 das eliminatórias de canoa dupla C2 1000 metros. Isto depois de Lobo ter sido ontem afastado da competição em canoa individual C1 200 metros e de Chamaune ter tido esta segunda-feira o mesmo destino na segunda meia-final de canoa individual C1 1000 metros ao ser 8° (15° no cômputo geral das meias-finais).

A radiografia da participação angolana: alegria no andebol, desilusão no judo

As Pérolas angolanas, actuais campeãs africanas, levaram mais longe o andebol angolano e foram dignas representantes do continente quase nunca perdendo por mais de quatro pontos perante as grandes potências mundiais da modalidade. Na fase de grupos, Angola arrecadou duas vitórias, frente à Roménia (23-19) e ao Montenegro (27-25), e perdeu três encontros, frente à Noruega (20-30), ao Brasil (24-28) e à Espanha (22-26).

Mário Rosa, chefe da delegação olímpica angolana, orgulha-se deste desempenho surpreendente atendendo a uma preparação que lamenta e que qualifica de sofrível. O vice-presidente do Comité Olímpico de Angola pede mais meios para a modalidade e fala ainda da ambição de ganhar o Campeonato Africana das Nações que decorre no final do ano em Luanda.

03:27

O andebol feminino angolano

Se o andebol foi a supresa positiva, Mário Rosa considera que o desempenho da judoca angolana Antónia Moreira deixou goradas as expectativas que sobre ela recaíam. Na categoria de -70 quilos, a judoca angolana ficou-se pelos oitavos-de-final tendo perdido por penalidade para desalento da delegação.

Tirando o andebol angolano e esta judoca, pontos fontes da delegação, e à parte Pedro Pinotes na natação e João Paulo de Leiria e Silva no tiro, a comitiva era essencialmente constituída por jovens sem experiência olímpica.

João Paulo de Leiria e Silva foi 33° no tiro desportivo ao passo que o nadador Pedro Pinotes ficou-se pelas eliminatórias dos 400 metros em 4 estilos. 2° na série 1 e 25° das eliminatórias, Pinotes fez do Rio2016 uma boa preparação para o seu objectivo que é o campenato africano que decorre dentro de pouco mais de um mês. Também a nadadora Ana Sofia Nóbrega, dententora do recorde nacional, não passou das eliminatórias em 100 metros livres tendo ficado em 2° na série 1 e em 40° entre todos os participantes das eliminatórias.

No remo double-skiff peso leve, Jean-Luc Rosamoelina e André Matias, que se apuraram para as Olimpíadas por mérito próprio, ficaram em 2° na final D e em 20° na categoria tendo melhorado as suas marcas pessoais. Já os velojadores demontraram ter futuro, segundo Mário Rosa. Esta terça-feira, a dupla de campeões nacionais Paixão Afonso e Matias Montinho foi 24° na Vela 470 enquanto Manuel Lelo foi 43° na categoria Laser no passado sábado.

Por fim, no atletismo, Angola foi representada pelos muitos jovens velocistas Hermenegildo Leite e Liliana Neto nos 100 metros. Leite, de 16 anos, ficou em último na série 2 da fase preliminar ao passo que Neto . A respeito desdes dois jovens; Mário Rosa sublinha que a sua escolha foi guiada pela necessidade de ganharem experiência e que o objectivo para agora por obter os mínimos para as próximas Olimpíadas.

07:14

As outras modalidades

Participação são-tomense marcada por Buly Triste na canoagem

Como referido, Romário Leitão, nos 5000 metros, foi o derradeiro são-tomense a sair da competição com uma discreta participação nas eliminatórias. Discreta foi também a participação de Celma Bonfim da Graça que, no passado sábado, se quedou pelo último lugar na série 1 da primeira fase dos 1500 metros e em 38° das eliminatórias. A melhor participação são-tomense foi mesmo a de Buly da Conceição Triste que, esta segunda-feira foi 7° na segunda meia-final de canoa individual C1 1000 metros e 14° no cômputo geral das meias-finais.

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