Morre aos 60 anos ex-presidente argentino Néstor Kirchner

Morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos, o ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, marido da atual presidente Cristina Kirchner. Ele estava em El Calafate, na Patagônia, quando sofreu um ataque cardíaco. Néstor Kirchner era apontado como um dos principais candidatos para concorrer às eleições presidenciais de 2011 e suceder à própria esposa.

Morreu hoje, aos 60 anos, o ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner. wikipedia

O ex -presidente argentino Néstor Kirchner, esposo da presidente Cristina Kirchner, morreu no hospital por volta das nove e meia da manhã desta quarta-feira, na cidade natal dele, El Calafate. O estado de saúde dele era delicado e os médicos já tinham alertado para os cuidados que Néstor deveria tomar para evitar um ataque cardíaco. Considerado o real poder no governo da mulher dele, Néstor esteve internado cinco vezes, no último ano, entre as quais passou por duas angioplastias.

A morte do líder de 60 anos que marcou os últimos sete anos da história argentina, muda o cenário político no país. Néstor seria o possível candidato a presidência nas eleições de outubro de 2011, para manter o poder. Sem ele, os analistas consideram que Cristina Kirchner não teria condições de ser reeleita.

Biografia

Néstor Kirchner foi o 54º presidente da Argentina, cargo que ocupou desde maio de 2003, na esteira da crise econômica, até 10 de dezembro de 2007, quando conseguiu eleger a mulher dele para sucedê-lo. Antes de ser eleito presidente, ele foi prefeito de Río Gallegos e governador da província de Santa Cruz. Em 2009, foi deputado federal pela província de Buenos Aires, com mandato de 10 de dezembro de 2009 até 10 de dezembro de 2013.

No dia 4 de maio de 2010 foi escolhido pelos presidentes da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) como secretário geral do grupo. Também foi eleito como presidente do Partido Justicialista (peronista), cargo ao que renunciou em 29 de junho de 2009 e voltou a ocupar em 11 de novembro de 2009, assumindo oficialmente em 10 de março.
 

Marina Guimarães, correspondente da RFI em Buenos Aires