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Síria/ protestos

ONU: sírios precisam de alimentos e não de corredor humanitário

A ONU afirmou ontem que é necessária ajuda internacional para alimentar 1,5 milhão de pessoas na Síria, que está afundada em uma crise diante de uma revolta popular contra o regime, mas indicou que, por enquanto, não é preciso criar corredores humanitários no país. A coordenadora de emergências da ONU, Valerie Amos, afirmou que quase 3 milhões dos 20,5 milhões de habitantes da Síria foram afetados pela repressão lançada pelo regime de Bashar Assad contra os protestos que pedem a sua demissão.

População faz fila para abastecimento de gás em Homs, uma das cidades onde os protestos se concentram.
População faz fila para abastecimento de gás em Homs, uma das cidades onde os protestos se concentram. REUTERS/Handout
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Milhares de pessoas se encontram em campos de refugiados no Líbano e na Turquia, e muitas outras fugiram das cidades onde os protestos se concentram para buscar amparo entre familiares e amigos em outras regiões do país.

"As crescentes necessidades levaram o Crescente Vermelho a solicitar apoio adicional para alimentar 1,5 milhão de pessoas", disse Amos em um comunicado. O Crescente Vermelho e outros grupos locais e indivíduos forneceram a maior parte da ajuda humanitária na Síria, já que o regime impôs fortes restrições ao acesso ao país.

"A ONU e associados não puderam avaliar de forma exaustiva as necessidades", disse Amos, referindo-se às sugestões de estabelecer corredores humanitários e zonas seguras. "Neste momento, as necessidades humanitárias identificadas na Síria não justificam a implementação de nenhum destes mecanismos. Antes de qualquer discussão mais aprofundada sobre estas opções, é essencial ter um panorama claro do que as pessoas precisam exatamente, e onde", acrescentou.

O chanceler francês, Alain Juppé, sugeriu nesta semana fixar rotas de fuga protegidas para os civis sírios que fugirem do conflito, embora tenha reconhecido que isso iria requerer a aprovação do regime sírio ou um mandato internacional.

A ONU estima que ao menos 3,5 mil pessoas morreram na repressão na Síria desde o início da revolta, em meados de março. O regime, por sua vez, diz que é vítima de grupos terroristas armados apoiados por estrangeiros, e argumenta que já perdeu 1,1 mil soldados.
 

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