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Afeganistão/Protestos

Karzai pede calma à população; mais 7 americanos ficam feridos

Os protestos anti-americanos no Afeganistão deixaram mais sete militares americanos feridos neste domingo, quando uma granada explodiu na base da OTAN de Kunduz, no norte do país. O presidente afegão, Hamid Karzai, foi à televisão pedir calma à população.

Forças de segurança afegãs tentam conter protestos anti-americanos em Kunduz, onde a exploséao de uma granada deixou sete militares americanos feridos.
Forças de segurança afegãs tentam conter protestos anti-americanos em Kunduz, onde a exploséao de uma granada deixou sete militares americanos feridos. REUTERS/Stringer
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A onda de protestos anti-americanos pela queima de exemplares do Alcorão por soldados americanos da base militar de Bagram, incidente descoberto na segunda-feira, tomou conta de várias cidades afegãs e já deixou 30 mortos e 200 feridos. Em um pronunciamento na tevê, neste domingo, o presidente Hamid Karzai pediu calma à população. Revoltados com a profanação do livro sagrado dos muçulmanos, afegãos têm atacado as bases militares da OTAN no país.

Um membro das Forças Armadas do Afeganistão é o principal suspeito do tiroteio que provocou a morte de dois militares americanos, ontem, dentro do prédio do Ministério do Interior afegão. O homem teria 25 anos, trabalhava há dois anos nos serviços de inteligência e só teria recebido uma arma na semana passada, conforme revelou uma fonte do ministério às agências internacionais. 

O crime, reivindicado pelo movimento rebelde talibã, levou o chefe da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), John Allen, a ordenar a retirada dos funcionários da Aliança Atlântica de todos os ministérios afegãos.

O presidente americano, Barack Obama, qualificou as mortes de intoleráveis e exigiu providências de Karzai. Os talibãs assumiram a autoria dos assassinatos dizendo se tratar de uma vingança pela queima de exemplares do Alcorão na maior base militar dos Estados Unidos no Afeganistão, Bagram.

Em visita ao Marrocos, neste domingo, onde foi defender reformas democráticas ao monarca Mohammed VI, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que "a violência contra os americanos no Afeganistão precisa acabar".

 

 

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