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Brasil: Oposição nas ruas pelo fim do governo Dilma

Milhares de pessoas manifestavam este domingo um pouco por todo o Brasil contra o governo de Dilma Rousseff. Os seus apoiantes também saíam às ruas para denunciar os ataques da oposição ao Partido dos Trabalhadores.

Alguns brasileiros também se menifestaram perto da embaixada do Brasil em França
Alguns brasileiros também se menifestaram perto da embaixada do Brasil em França Gabriel Brust / RFI
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Esperava-se uma grande mobilização da parte da oposição e das franjas mais conservadoras da sociedade civil para mais uma vez reclamar a destituição da presidente Dilma Rousseff.

O senador Aécio Neves, presidente do Partido Social-Democrata Brasileiro (PSDB), força política conservadora da oposição, desfilava hoje nas ruas de São Paulo onde a contestação ao governo devia juntar mais pessoas.

Também em São Paulo, bastião da oposição, foi cancelada, por questões de segurança, uma manifestação de movimentos sociais e apoiantes do Partido dos Trabalhadores e do governo. Contudo, também um pouco por todo o território brasileiro estavam previstas manifestações de apoio ao governo.

O segundo mandato da chefe-de-Estado brasileira tem sido marcado por uma forte contestação devido ao processo Lava-Jato que tem revelado escândalos de corrupção ligados à petrolífera estatal Petrobras e que afectam o PT.

Com um escasso nível de popularidade, o país afundado nos segundo ano de recessão económica, um afastamento progressivo do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), principal aliado no governo, Dilma vê-se ainda a braços com o recente pressão judicial sobre seu mentor e antigo presidente Lula da Silva por suspeitas de corrupção.

O sociológo português Boaventura Sousa Santos comenta esta "polarização social" e considera que a oposição pretende romper com a regularidade democrática pois não há nenhuma razão para Dilma não cumprir o seu mandato.

01:02

Boaventura Sousa Santos - Sociólogo português

Ainda na América Latina, refira-se que também decorreram ontem manifestações na Venezuela reclamando a destituição do presidente Nicolás Maduro. Em igual número, estiveram nas ruas os apoiantes do sucessor de Hugo Chávez, muito contestado nomeadamente devido à adopção do estado de emergência económica, decretado a 15 de janeiro, um decreto renovável por 60 dias que lhe dá poderes presidenciais acrescidos.

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