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Partido Socialista / Benoît Hamon

Benoît Hamon : Virou-se o feitiço contra o feiticeiro.

Aquele que incarnava a revolta contra o Governo de Manuel Valls, acusando - o de ser muito liberal, acabou por ser agora acusado de levar longe demais a sua revolta. Dois deputados socialistas “reformadores” recusam continuar a apoiar o candidato socialista  à eleição presidencial, Benoît Hamon, acusando  -o de os estar a conduzir à  “aventura aleatória duma esquerda radicalizada”. 

Benoît Hamon,  à saída de Matignon,   na Segunda - feira, 30 de Janeiro de 2017
Benoît Hamon, à saída de Matignon, na Segunda - feira, 30 de Janeiro de 2017 REUTERS/Philippe Wojazer
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Foi no vespertino Le Monde que o deputado socialista de Paris, Christophe Caresche, e o da Gironde, Gilles Savary , quiseram expôr o seu ponto de vista quanto às actuais divisões do Partido Socialista francês, e  o direito de tomar alguma distância, quanto à  campanha por Benoît Hamon.
 

Os dois deputados confirmam que Benoît Hamon ganhou a eleição primária de forma clara e indiscutível, mas sublinham que existe um grande contraste entre as suas posições actuais e as que ele tinha em 2011.
 

“Nessa altura, a nossa família saiu reforçada duma eleição primária, mas hoje a constatação é completamente diferente", afirmam os dois deputados socialistas. " Há divisões, mais profundas do que nunca, e um divisão profunda entre duas sensibilidades no seio do Partido Socialista.

Christophe Caresche e Gilles Savary deploram igualmente que Benoît Hamon tenha proposto uma aproximação  com o candidado da esquerda radical, Jean - Luc Mélenchon, explicando que não  acreditam que o futuro da França tenha de passar por "um aventura aleatória para a qual nos está a convidar uma esquerda radicalizada".

Mas os dois deputados vão mais longe, afirmando que há hoje muitos membros do PS que desejam afastar-se da campanha de Benoît Hamon.
 

O chefe da bancada socialista na Assembleia Nacional francesa, Olivier Faure, afirmou recentemente nos corredores daquela instituição que recusa a ideia duma divisão entre uma esquerda do governo, que foi incarnada por Manuel Valls, na eleição primária, e uma esquerda contestatária, incarnada por Benoît Hamon.

 

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