Manifestantes obrigam presidente brasileiro a retirar tropas
O presidente do Brasil, Michel Temer, recuou anulando o seu decreto que autorizava a presença de tropas nas ruas do Brasil ao lado da polícia para para garantir a lei e ordem, postas em causa por manifestantes contra a sua política de reforma do país, para além de ser acusado de corrupção.
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Vive-se uma situação de caos político e social no Brasil, onde a polícia e o exército voltaram a intervir ontem, na capital, Brasília, com gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes contra o presidente Michel Temer.
Mas o presidente Temer, que é acusado de corrupção, acaba de anular o decreto presidencial que autorizava as forças armadas a reforçar a acção da polícia e "garantir a lei e a ordem" no país.
Aliás antes da anulação do decreto, o ministro da Defesa, Raúl Jungmann, tinha justificado assim a presença de tropas nas ruas de cidades brasileiras.
"Actualmente, há tropas federais aqui no Palácio de Itamaraty, sede do ministério dos Negócios estrangeiros e vão chegando mais tropas para proteger edifícios ministeriais e da administração".
Os manifestantes queriam dirigir-se ao Palácio presidencial Planalto, mas foram impedidos pela polícia que fez uso de matracas e gás lacrimogéneo, já que eram agredidos à pedrada por alguns dos manifestantes.
Durante as manifestações, 49 pessoas ficaram feridas, uma delas por bala, enquanto outras foram presas, que estariam envolvidas no incêndio de uma sala do ministério da Agricultura que foi evacuado.
Sobre a intervenção de tropas ao lado da polícia, um analista político, André César, disse ser "uma medida que demonstra que o governo perdeu todo o controlo e que era uma mau sinal para a democracia".
De notar que houve manifestações noutras cidades cidades como no centro do Rio de Janeiro, contra a reforma do sistema de previdência e de pensões, uma das principais medidas do governo do Presidente Temer para tentar resolver a crise económica no Brasil.
João Matos sobre a crise no Brasil
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