Dia internacional do Meio Ambiente

Assinala-se nesta segunda-feira 5 de Junho, o Dia internacional do Meio Ambiente, uma jornada de reflexão instituída desde 1972 pelas Nações Unidas no intuito de sensibilizar o público sobre as questões ambientais. Este ano, a ONU fez seu o lema de "aproximar os homens da natureza", o acto central da comemoração desta data decorrendo este ano no Canadá.

Estudos indicam que se a temperatura global aumentar 2 graus até 2050, agravar-se-ão as secas e a força dos ciclones em Moçambique. RFI/Liliana Henriques

Entre as prioridades definidas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, figura a luta contra a desflorestação, a preservação das reservas e da qualidade da água, a luta contra desertificação ou ainda a luta contra as alterações climáticas. Este último aspecto tem sido muito comentado nestes dias, depois de o Presidente norte-americano Donald Trump ter anunciado no final da semana passada que o seu país iria desvincular-se do Tratado de Paris. Este acordo foi assinado por 196 países, nomeadamente os Estados Unidos e a China, na capital francesa em Dezembro de 2015, no intuito de fixar metas para lutar contra o aquecimento global, todavia sem carácter obrigatório.

Ao lamentar esta decisão do Presidente americano, Vanessa Cabanelas, coordenadora da área de conservação e uso da terra na organização ambientalista moçambicana Justiça Ambiental, não se mostra surpreendida, referindo ainda que a seu ver o acordo tem lacunas. Por outro lado, ao evocar a situação específica do seu país, Vanessa Cabanelas, mostra-se crítica em relação ao modelo de desenvolvimento escolhido pelas autoridades moçambicanas. Para a técnica ambiental, embora tenha havido alguns progressos, ainda permanece muito caminho a percorrer em matéria de preservação do meio ambiente em Moçambique.

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Vanessa Cabanelas, coordenadora da área de conservação e uso da terra na organização ambientalista moçambicana Justiça Ambiental