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CHINA

China: independentistas em Cantão ?

Na China a província de Cantão, no sul, tem-se debatido com graffitis na rua e nos autocarros a apelar à independência do território, próximo de Macau e de Hong Kong. Um movimento inédito no gigante asiático onde estão presentes mais de 50 etnias e duas línguas principais: o mandarim e o cantonense.

Graffitis independentistas em Cantão, sul da China
Graffitis independentistas em Cantão, sul da China Sam Cheng
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O cantonense é, precisamente, a língua falada no sul da China, em Cantão, mas também nas áreas circundantes, como é o caso das duas regiões administrativas especiais que são Hong Kong e Macau.

Cantão é a região mais próspera do país que vive sob a batuta de Xi Jinping de há cinco anos a esta parte.

O líder chinês que desde domingo poderá vir a manter-se no poder além dos dois mandatos, até agora preconizados pela constituição.

Apesar de beneficiar de uma boa imagem ligada à luta contra a corrupção o seu centralismo e autoritarismo têm sido uma constante ao ponto de ser apelidado por certos sectores como "o novo imperador".

O aparecimento de movimentos identitários em Cantão surpreende, por isso, os observadores atentos da China.

O Tibete e o Xinjiang eram, até ao momento, as províncias palco de movimentos dessa natureza.

Arnado Gonçalves, politólogo do Instituto politécnico de Macau, comenta a especificidade da identidade cantonense e vê com alguma prudência a consistência de tais movimentos.

Por detrás do movimento está uma conta twitter com 110 000 fãs (twitter@jbkk988) com fotografias de inscrições nas costas das cadeiras de autocarros e em painéis nas ruas.

Podem ler-se mensagens como "Em prol da independência de Cantão" "Avante Hong Kong" ou ainda "Os independentistas de Hong Kong saúdam os de Macau".

Inscrições independentistas em autocarros de Cantão, sul da China.
Inscrições independentistas em autocarros de Cantão, sul da China. Sam Cheng

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