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Camboja

Camboja: Hun Sen revendica vitória esmagadora

O partido do primeiro-ministro Hun Sen anunciou nesta segunda-feira, 30 de Julho, que venceu as eleições legislativas realizadas no domingo no Camboja. Recorde-se que estas eleições não contaram com a participação do principal partido de oposição, Partido de Salvação Nacional do Camboja, considerado ilegal no ano passado.

O primeiro-ministro Hun Sen a votar durante as eleições legislativas de 29 de Julho de 2018.
O primeiro-ministro Hun Sen a votar durante as eleições legislativas de 29 de Julho de 2018. Manan VATSYAYANA / AFP
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A vitória nas eleições legislativas no Camboja não deverá escapar ao primeiro-ministro Hun Sen, que governa o país asiático desde a queda dos khmers vermelhos há 33 anos.

Segundo as últimas estimativas divulgadas pelo Partido Popular Cambojano, o partido no poder deverá conquistar os 125 assentos parlamentares.

Mais de oito milhões de eleitores participaram no escrutínio geral cambojano, que decorreu na normalidade e com a presença de vários observadores de países como a China e a Rússia.

A oposição cambojana qualificou a eleição geral de golpe contra a democracia, acusando Hun Sen de silenciar e excluir os seus adversários políticos.

Um escrutínio contestado, na medida em que a principal força da oposição não participou por ter sido dissolvida em 2017. O Partido de Salvação Nacional do Camboja foi dissolvido, na sequência de uma ordem judicial, depois do líder da oposição ser acusado de ter conspirado com estrangeiros para derrubar o Governo.

Para Phil Robertson, director adjunto da Human Rights Watch (HRW) para a Ásia, que está na capital Phnom Penh, estas eleições não foram livres:

"Analisando os resultados das eleições, constatamos que os votos inválidos chegam em segundo lugar. Esses votos foram destruídos ou riscados pelos eleitores para que não fossem contabilizados. O que é também muito preocupante é que o Governo tentou tirar, através uma campanha de propaganda, legitimidade destas eleições. Convidaram muitos observadores internacionais, populistas, bem como neofascistas italianos e de outros países. A comunidade internacional deveria condenar vigorosamente esta nova mentira do poder cambojano, segundo a qual este Governo tem legitimidade e foi eleito em condições democráticas", concluiu.

Ouça as declarações de Phil Robertson.

00:51

Phil Robertson, director adjunto da Human Rights Watch

De referir que os resultados finais serão divulgados em meados de Agosto.

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