Bélgica em greve nacional
A Bélgica cumpre hoje um dia de greve nacional, com o sector dos transportes muito perturbado. Em causa estão sobretudo reivindicações de aumentos de salários. O governo deve retomar nesta quinta-feira negociações com os sindicatos. O Aeroporto de Bruxelas ficou completamente encerrado ao longo desta quarta-feira.
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Para além da paralisação dos voos de e para o Aeroporto de Bruxelas a circulação dos comboios, metros e eléctricos esteve muito perturbada ao longo do dia.
Por razões de segurança foi encerrado o espaço aéreo belga até às 21h TMG desta quarta e já desde a mesma hora na véspera.
Foram afectados um total de 591 aterragens e ou descolagens implicando cerca de 60 000 passageiros.
Os sindicatos pedem um aumento dos ordenados e uma revalorização do nível das reformas no âmbito das negociações com o patronato.
O Conselho central de economia (incluindo representantes dos trabalhadores, mas também dos consumidores e do patronato) propôs um aumento salarial cifrado em 0,8% para 2019 e 2020, medida tida como insuficiente pelos sindicatos.
O primeiro-ministro Charles Michel declarou que as discussões entre parceiros sociais deveriam retomar nesta quinta-feira e frisou terem sido criados 219 000 empregos nos últimos quatro anos devido às políticas públicas.
Lígia Sá Pinto, portuguesa radicada em Bruxelas há mais de 30 anos, descreve as causas e as consequências desta paralisação, não antevendo, porém, a repetição de protestos desta natureza como tem acontecido na vizinha França com manifestações dos "coletes amarelos" desde 17 de Novembro.
Lígia Sá Pinto, testemunho de Bruxelas
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