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Mundo

Chefe do executivo de Hong Kong pede fim dos protestos

Os manifestantes sentaram-se no chão no espaço de desembarque, no aeroporto de Hong Kong, enquanto seguram cartazes, em inglês e chinês, alertando os estrangeiros para o seu protesto.

A líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam
A líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam @Reuters
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Vestidos de preto é a cor que marca o movimento que surgiu há dois meses depois de uma grande manifestação contra a lei da extradição, os manifestantes concentraram-se na zona de chegadas do aeroporto. Mostraram faixas com frases em chinês e inglês contra a violência policial e a favor da democracia.

A líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, acusou os manifestantes de afundar a cidade numa profunda crise económica. A chefe do executivo exprimiu-se hoje em conferência de imprensa, depois de se ter reunido com os principais responsáveis do sector financeiro, e pediu aos manifestantes que deixem de participar nos protestos.

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Líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam

A China exigiu esta sexta-feira que os Estados Unidos "deixem imediatamente de interferir" em Hong Kong e nos assuntos internos da China, e que parem de apoiar as manifestações contra o polémico projecto de lei de extradição.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, respondia assim ao Departamento de Estado norte-americano, que na quinta-feira criticou a imprensa por ter revelado informações pessoais de uma diplomata americana que se encontrou com activistas de Hong Kong.

O caso surgiu a partir de uma fotografia na qual uma funcionária da secção política do consulado dos EUA, identificada pela imprensa chineses como Julie Eadeh, aparece a conversar com manifestantes de Hong Kong.

Hua Chunying afirmou que os EUA deveriam "reflectir" sobre as suas palavras e feitos, e pediu para que o país não use a imprensa para atacar ou culpar outros governos.

A representante das Relações Exteriores da China exigiu e pediu aos EUA que "cumpram o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais" e deixem de interferir na antiga colónia britânica, onde os protestos já duram dois meses, motivo pelo qual o governo chinês convocou esta sexta-feira um diplomata americano para cobrar esclarecimentos e expressar descontentamento.

Na terça-feira passada, Pequim voltou a ameaçar os manifestantes que tomaram as ruas de Hong Kong na greve geral que paralisou a cidade. As autoridades advertiram que o governo e a polícia local estão preparados para os conduzir perante a justiça pelos seus actos.

Além disso, Pequim reiterou o apoio ao governo de Hong Kong liderado por Carrie Lam, considerada "completamente capaz" de garantir a segurança e à qual pediu "medidas", um novo passo para pressionar e intimidar os manifestantes, que convocaram outra onda de protestos até domingo.

As manifestações em Hong Kong começaram no início de Junho, contra um polémico projecto de lei de extradição que poderia permitir que o governo de Pequim tivesse acesso a "fugitivos" refugiados na cidade.

Embora o governo de Hong Kong tenha suspendido a tramitação do polémico texto, os protestos derivaram para reivindicações mais amplas sobre os mecanismos democráticos da cidade, cuja soberania foi retomada pela China em 1997 com o compromisso de manter até 2047 as estruturas estabelecidas pelo Reino Unido.

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