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Burkina Faso

Burkina Faso: 35 civis mortos em ataque jihadista

35 civis entre os quais 31 mulheres foram assassinados na manhã desta terça-feira em Arbinda, na província de Soum, no norte do Burkina Faso, num ataque jihadista contra um destacamento militar, o governo decretou 48 horas de luto nacional a partir desta quarta-feira.

Militares burkinabès em treino.
Militares burkinabès em treino. AFP PHOTO/ISSOUF SANOGO
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Este foi o mais mortífero ataque na história do Burkina Faso, durou várias horas e além dos 35 civis mortos e 6 feridos pelos jihadistas em fuga, foram mortos 7 militares e feridos uma vintena.

Pelo menos 80 jihadistas foram mortos segundo as autoridades burkinabés, que qualificaram o ataque de elevada e rara intensidade.

Foram recuperadas uma centena de motorizadas e um grande número de armas e munições e as 48 horas de luto nacional a partir desta quarta-feira (25/12) foram anunciadas na véspera na rede twitter pelo Presidente Roch Kaboré, que tem sido acusado de falta de firmeza na luta contra os jihadistas.

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Burkina Faso: 35 civis mortos em ataque jihadista

Mais de 700 pessoas foram mortas desde 2015 em ataques jihadistas, perpetrados sobretudo no norte e leste do Burkina Faso, ataques que causaram mais de meio milhão de deslocados e refugiados, segundo as Nações Unidas.

O último ocorreu no inicio de Novembro quando foram massacrados 38 funcionários de uma sociedade mineira no leste do país.

Estes ataques são raramente reivindicados, mas atribuidos pelas autoridades a grupos armados jihadistas, alguns dos quais prestaram vassalagem à rede Al Quaeda e ao auto-denominado grupo Estado Islâmico.

As forças armadas burkinbés sub-equipadas e mal treinadas, têm-se sido  incapazes de travar estes ataques, apesar de desde há dois meses reivindicarem uma série de sucessos, afirmando ter morto centenas de jihadistas em várias operações, balanços impossíveis de confirmar junto de fontes independentes.

Face ao aumento dos ataques jihadistas, cinco Estados do Sahel, o designado grupo G5 Sahel, constituido pelo Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Niger e Chade, tentam desde 2015 tornar operacional uma força militar regional conjunta de 5.000 soldados.

Os respectivos chefes de Estado apelaram a 15 de dezembro em Niamey a comunidade internacional a reforçar o seu apoio à luta anti-terrorista na região.

A França, antiga potência colonial, tem desde 2013 na região 4.500 soldados no quadro da operação inicialmente designada Serval e agora Barkhane, mas os Estados Unidos e a ONU também estão presentes através da força de interposição Minusma no Mali, onde os ataques jihadistas começaram em 2012, no norte do país, tendo depois alastrado ao Burkina Faso e Niger vizinhos.

O Presidente Emmanuel Macron convidou os Presidentes do G5 Sahel a reunirem-se em Pau, no sul da França a 13 de Janeiro, para clarificar a situação na região so Sahel e redefinir os objectivos militares, politicos e de desenvolvimento na luta contra o terrorismo.

As intervenções militares estrangeiras têm sido qualificadas de ineficazes pelas populações atingidas e nos casos do Mali e do Burkina Faso têm sido por vezes qualificadas de ingerência neo-colonialista e imperialista, no que se refere à operação Barkhane.

De recordar que 13 soldados franceses morreram no Mali em Novembro passado na colisão entre dois helicópteros da operação Barkhane numa operação de combate a jihadistas

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