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Somália

Balanço do assalto contra hotel em Mogadíscio subiu para 21 mortos

Subiu para 21 civis o número de mortos no ataque e ocupação do hotel Hayat em Mogadíscio durante 30 horas pelos islamistas Shebab, uma ofensiva que só terminou na noite de ontem para hoje, segundo indicaram as autoridades somalis dando igualmente conta de 117 feridos neste ataque, o mais grave desde a chegada ao poder em Maio do novo Presidente, Hassan Sheikh Mohamud.

O Hotel Hayat ficou demolido após o ataque deste fim-de-semana.
O Hotel Hayat ficou demolido após o ataque deste fim-de-semana. AP - Farah Abdi Warsameh
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"O Ministério da Saúde confirmou nesta fase (o número de) 21 mortos e 117 feridos" no ataque contra o hotel Hayat que começou na noite de sexta-feira, indicou o ministro Ali Haji Adan, numa altura em que familiares continuavam a aguardar notícias sobre sobre os seus parentes desaparecidos neste atentado perpetrado com bomba e armas de fogo por membros do grupo Al-Shebab, uma organização ligada aos terroristas da Al Qaeda.

As equipas de socorros continuaram esta manhã a tentar resgatar eventuais sobreviventes do ataque debaixo dos escombros da unidade hoteleira onde o ataque apenas terminou ontem nas últimas horas do dia, com as forças armadas a dar conta da morte de todos os assaltantes.

Na altura do ataque, o hotel que é um pontos de encontro de funcionários governamentais, estava lotado, as forças de segurança indicando ter conseguido resgatar um pouco mais de 100 reféns durante o assalto.

Reivindicado pelos islamistas Shebab, em conflito há mais de 15 anos com as autoridades centrais da Somália, este atentado é o mais grave ocorrido na capital desde a chegada em Maio ao poder do novo Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud, num contexto de instabilidade política recorrente.

Este ataque que foi condenado pelos parceiros do país, nomeadamente pelos Estados Unidos, Turquia e Reino Unido, tem sido visto como um aviso às novas autoridades somalis e aos seus parceiros.

Efectivamente, no passado mês de Maio, a administração americana anunciou que restabelecia uma presença militar no país no intuito de combater os terroristas.

Em Junho, o Presidente somali considerou que para acabar com a insurgência, não se podia limitar à abordagem militar, sendo que recentemente, no começo de Agosto, num gesto carregado de simbolismo, foi nomeado para o cargo de ministro dos assuntos religiosos Muktar Robow, um antigo líder Shebab que deixou o movimento em 2017.

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