Burundi: Nkurunziza compromete-se com "diálogo inclusivo"
O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon esteve em Bujumbura e encontrou-se com os principais partidos da oposição e com o presidente burundês e afirma ter deixado Bujumbura com o compromisso de Pierre Nkurunziza quanto à abertura de um "diálogo inclusivo" com a oposição.
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Foi uma visita relâmpago de menos de 24h a primeira de Ban Ki-Moon ao Burundi desde o início da crise política aberta em abril do ano passado com a questão do terceiro mandato de Pierre Nkurunziza.
Encontros com os principais partidos da oposição ontem à noite e hoje de manhã com o presidente burundês. O secretário-geral da ONU afirma ter deixado Bujumbura com o compromisso de Pierre Nkurunziza quanto à abertura de um "diálogo inclusivo" com a oposição.
A verdade é que o presidente burundês continua a impôr condições descartando os que estiveram envolvidos em actos destabilizadores ao passo que a comunidade internacional tem pedido a presença de todas as partes, nomeadamente os opositores em exílio. Alguns destes são acusados pelas autoridades burundesas de envolvimento na tentativa de golpe de Estado do ano passado e noutros actos violentos.
Reacções
Em todo o caso, Nkurunziza também prometeu libertar 1340 prisioneiros entre hoje e amanhã desconhecendo-se quem mas não deveria incluir condenados por ataque à segurança do Estado.
Além disso, o presidente do Burundi garantiu que dará autorização a duas rádios para voltarem a emitir depois das restições impostas. Todavia, a oposição denuncia uma "falsa abertura" atendendo às condições impostas para o diálogo.
Entretanto, pelo menos dez explosões de granadas causaram uma dezena de feridos esta madrugada na capital burundesa. O secretário geral da ONU deixou Bujumbura esta manhã e já se encontra na República Democrática do Congo de onde partirá para o Sudão do Sul.
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