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Angola

Isabel dos Santos presta contas aos angolanos

Isabel dos Santos e os restantes ex-membros do Conselho de Administração da Sonangol estão a preparar os processos para avançar com uma queixa-crime por difamação contra o Carlos Saturnino. A filha do antigo chefe de Estado diz-se “chocada” e reitera que a mudança que criou na petrolífera estatal foi “profunda".

Isabel dos Santos
Isabel dos Santos FERNANDO VELUDO / PUBLICO / AFP
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Em declarações ao canal privado angolano, TV Zimbo, Isabel dos Santos voltou a afirmar que vai avançar com uma queixa-crime por difamação contra o actual presidente do Conselho Administração da Sonangol.

Em causa estão as declarações de Carlos Saturnino que acusou a antiga administração de ter realizado uma transferência de 38 milhões de dólares depois de ter sido exonerada. A denúncia já levou a Procuradoria-Geral da República a abrir um inquérito.

Logo a seguir às declarações de Carlos Saturnino, Isabel dos Santos emitiu um comunicada onde dava 24 horas ao actual PCA da Sonangol para provar as acusações.

Na semana passada em entrevista ao diário português “Jornal de Negócios” Isabel dos Santos desmentiu as acusações e disse que recebeu a notícia da sua exoneração com algum espanto, afirmando a existência "de uma campanha política forte contra o governo anterior".

Ontem a empresária Isabel dos Santos reiterou a intenção de resolver o episódio na justiça.

“Eu estou a trabalhar com os advogados, não só eu mas os outros membros do Conselho de Administração, estamos a trabalhar com os advogados, e estamos a reunir o nosso processo para dar entrada, dentro dos prazos permitidos por lei, ao processo de queixa-crime por difamação contra Carlos Saturnino. Porque, efectivamente o que foi dito foi difamatório, foi calunioso. Nós ficamos chocados. Achamos que não era esse o procedimento correcto e então temos razão para apresentar a queixa que apresentamos”, referiu.

Isabel dos Santos lembrou igualmente que o Conselho de Administração que presidiu foi o mais jovem e que a mudança que criou na petrolífera estatal angolana foi “profunda” e permitiu diminuir a despesa na ordem dos 40%.

“Este Conselho de Administração que eu presidi na Sonangol foi o Conselho de Administração mais jovem até à data. Eu gosto que realmente fique claro que a mudança que nós criamos na Sonangol foi profunda. Nós cortamos muitos custos. Nós cortamos cerca de 40% dos custos de contratos. Ora não tenho dúvida que mexemos com interesses financeiros, não tenho dúvidas disso (…) interesses financeiros externos à Sonangol. Ou seja, interesses financeiros que durante muitos anos viveram das debilidades da empresa”, acrescentou.

Isabel dos Santos foi nomeada por decreto presidencial, assinado pelo pai, José Eduardo dos Santos, para chefia da Sonangol em Junho de 2016 e foi afastada a 15 de Novembro 2017, pelo chefe de Estado João Lourenço.

Isabel dos Santos afastada por má gestão da Cruz vermelha

Isabel dos Santos falou ainda do afastamento da liderança da Cruz Vermelha de Angola. A empresária explicou que não foi formalmente destituída e que continua à espera que alguém a informe dessa decisão.

A empresária Isabel dos Santos foi destituída da presidência da Cruz Vermelha de Angola após um encontro nacional de funcionários que acumulavam 13 meses de salários em atraso.

Pedro Baltazar que assume a presidência interina da Cruz Vermelha aponta o dedo à má gestão da anterior direcção dirigida por Isabel dos Santos. O Ministério Pública abriu um inquérito para investigar as denúncias.

Isabel dos Santos assumiu em 2006 a presidência da Cruz Vermelha de Angola e foi afastada em Fevereiro de 2018

Confira aqui o vídeo integral da entrevista:

 

 

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