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Irã/Nuclear

Celso Amorim considera "positiva" manutenção do acordo com o Irã

Apesar das sanções votadas no dia 9 de junho no Conselho de Segurança da ONU, o chanceler brasileiro diz que o regime iraniano poderia ter demonstrado menos "flexibilidade" diante das medidas adotadas pela comunidade internacional.

O chanceler brasileiro Celso Amorim disse que Irã poderia ter sido menos flexível.
O chanceler brasileiro Celso Amorim disse que Irã poderia ter sido menos flexível. Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
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Em visita a Bucareste, onde terminou sua viagem oficial a vários paises da Europa oriental, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou nesta terça-feira que considera um sinal positivo a vontade do Irã de manter o acordo de troca de combustível nuclear firmado com o Brasil e a Turquia, apesar das sanções internacionais. Um pouco antes de sua visita a Bucareste, o ministro Celso Amorim encontrou-se com o embaixador iraniano em Viena, onde fica a sede da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). "Há uma disposição em manter o acordo que assinamos como base, o que é positivo, porque depois do que ocorreu no Conselho de Segurança poderíamos esperar reações menos flexíveis", declarou Amorim durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira.

O ministro das relações exteriores turco, Ahmet Davutoglu, disse nesta terça-feira que Turquia e Brasil vão insistir no acordo com o Irã. "Ainda acreditamos que uma solução possa ser encontrada. Estamos determinados a continuar nossos esforços", disse o chanceler. Os turcos também afirmaram que vão pressionar o Irã a trocar o combustível.

No dia 17 de maio o Irã propôs às grandes potências, em um acordo assinado com Brasil e Turquia, de armazenar em território turco 1200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%. Em troca, o país receberia 120 quilos de combustível enriquecido a 20% destinado ao reator científico de Teerã. Mas paralelamente à sua proposta de troca, o Irã havia dito que pretendia continuar o enriquecimento de seu urânio a 20%, alimentando as suspeitas da comunidade internacional de que seu programa nuclear teria fins militares.

No dia 9 de junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma nova série de sanções contra o país, condenando sua política nuclear. Turquia e Brasil, que são membros temporários do Conselho de Segurança, votaram contra as medidas. Logo depois, a União Européia e os Estados Unidos decidiram reforçar as restrições, que preveêm inspeção em alto mar, proibição de venda de equipamentos militares, e congelamento de contas no exterior.

 

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