Renault vai suprimir 15.000 postos de trabalho no mundo
O grupo francês Renault confirmou, esta sexta-feira, que vai suprimir 15.000 postos de trabalho no mundo, incluindo 4.600 em França. O objectivo é obter uma economia superior a 2 mil milhões de euros, em três anos. De acordo com o semanário português Expresso, o plano não deverá ter impacto em Portugal.
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A Renault oficializou, esta sexta-feira, o seu projecto de plano estratégico, que passa pelo corte de 15 mil postos de trabalho, cerca de 4.600 em França. O objectivo é obter uma economia superior a 2 mil milhões de euros, em três anos. A fábrica de Choisy-le-Roi, em França, vai fechar.
De acordo com o semanário português Expresso, a fábrica da Renault em Cacia, perto de Aveiro, deverá ficar fora desta vaga de despedimentos. No local, trabalham mais de 1100 pessoas e está actualmente em curso um investimento de 100 milhões de euros.
O grupo anunciou, em Fevereiro, as primeiras perdas em 10 anos. O volume de vendas recuou 3,4 % no ano passado, para 3,75 milhões de veículos, o que foi acompanhado por perdas de 141 milhões de euros. Além disso, a Renault também enfrenta a crise que atravessa toda a indústria automóvel e a urgência ligada à transição ecológica. A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus piorou as contas.
Em França, o plano inclui, ainda, a suspensão, após 2024, da produção automóvel na fábrica de Flins, que tem 2.600 trabalhadores e que vai recuperar a actividade da fábrica de Choisy-le-Roi, que vai encerrar e que emprega 260 pessoas.
A Renault conta com 48.000 trabalhadores em França, ou seja 27% da mão-de-obra mundial. A supressão de 4.600 postos representa 10% dos efectivos em França.
A capacidade de produção do grupo ao nível mundial deve ser reduzida e passar dos actuais 4 milhões de veículos para cerca de 3,3 milhões.
A Renault explicou que a redução de efectivos será feita com base num plano de despedimentos na base do voluntariado e pedidos antecipados de reforma, assim como medidas de mobilidade e reconversão. Este é o argumento que a empresa conta apresentar para finalizar o pedido de empréstimo ao Estado de 5 mil milhões de euros e que estava condicionado à manutenção dos postos de trabalho em França. O Estado francês é accionista em 15% do grupo.
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