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Ciclismo

Ruben Guerreiro: «Vou tentar fechar da melhor maneira este Paris-Nice»

A prova francesa de ciclismo, Paris-Nice, arrancou no domingo 3 de Março na região parisiense e termina no Sul da França a 10 de Março.

Ruben Guerreiro, ciclista português.
Ruben Guerreiro, ciclista português. © AFP - BRENTON EDWARDS
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A sexta etapa, que decorreu entre as cidades de Sisteron e de La Colle-sur-Loup numa distância de 198,2 quilómetros, foi arrecadada pelo dinamarquês Mattias Skjelmose (Lidl - Trek), batendo ao sprint o norte-americano Brandon McNulty (UAE Team Emirates) e o norte-americano Matteo Jorgenson (Team Visma | Lease a Bike).

Na geral individual é Brandon McNulty (UAE Team Emirates) que lidera com 23 segundos de vantagem em relação ao compatriota Matteo Jorgenson (Team Visma | Lease a Bike), e com 34 segundos de vantagem em relação ao australiano Luke Plapp (Team Jayco AlUla).

A prova conta com dois portugueses: João Almeida (UAE Team Emirates) e Ruben Guerreiro (Movistar), líderes nas respectivas equipas.

A RFI teve a oportunidade de falar com os dois atletas lusos.

Quem participa pela primeira vez é Ruben Guerreiro. O ciclista luso de 29 anos já participou em algumas provas este ano, terminando por exemplo no oitavo lugar na geral da corrida ‘O Gran Camiño’ em Espanha, há menos de duas semanas.

Ruben Guerreiro, ciclista português, venceu a classificação de melhor trepador da Volta a Itália em 2020, tendo também arrecadado as gerais da Volta à Arábia Saudita em 2023, bem como a Volta a Portugal do Futuro em 2014, entre outras conquistas.

Ruben Guerreiro, ciclista da Movistar.
Ruben Guerreiro, ciclista da Movistar. © AFP - THOMAS SAMSON

Em entrevista à RFI, Ruben Guerreiro revelou-nos os objectivos que tem para esta temporada de 2024 e para este Paris-Nice.

RFI: Qual é o objectivo nesta corrida?

Rúben Guerreiro: É a minha primeira vez no Paris Nice. Sempre fiz Tirreno e Strade Bianche nesta altura. Estou motivado. É uma corrida que já sabemos com algum stress nos primeiros dias, pelo vento e pela larga participação dos ciclistas de clássicas que querem endurecer sempre nos primeiros dias. Espero passar sem problemas estes primeiros dias e chegar bem às etapas de montanha com o mesmo tempo e tentar estar com os melhores e quem sabe, lutar pelo top-10.

RFI: Falou com os seus colegas, por exemplo o Nelson, sobre o início desta corrida? Pode haver muitas quedas, pode haver chuva…

Rúben Guerreiro: Sim. Pelo mês de Março em França e em toda a Europa, é nesta altura que faz mais frio, chuva e vento. É sempre uma corrida diferente, com uma grande participação de ciclistas com muito nome e esperamos uns primeiros dias com muito stress, mas estamos também muito fortes. Temos uma equipa com bastante equilíbrio nas etapas planas, esperamos estar sem problemas na frente e chegar bem à montanha.

RFI: Como é que foi decidido participar no Paris-Nice? Foi uma decisão também do Ruben de experimentar esta corrida? Foi decidido para a preparação para as outras provas?

Rúben Guerreiro: Nunca fiz o Paris-Nice. A equipa no início do ano falou-me, abordou-me, porque achámos que era uma boa oportunidade para fazer uma geral, uma boa geral, numa corrida World Tour, por etapas. É isso que procuramos e tentaremos fechar da melhor maneira esta semana.

RFI: Já faz quase dois meses que começou a temporada. Como é que tem sido este início da temporada? Como é que tem corrido?

Rúben Guerreiro: O ano passado acabei com uma queda na Volta a Espanha. Atrasou-me um pouco a preparação porque tive de recuperar dessa queda. Comecei na Austrália. Não estou forte, mas com o passar das corridas tenho vindo a progredir e esperamos evoluir até ao mês de Abril, de Maio.

RFI: Quais são os objectivos para esta temporada?

Rúben Guerreiro: Um pouco como as últimas corridas que fiz, estar muito constante e sobretudo evitar azares. É uma geração muito forte a que vem aí e espero continuar a estar dentro do top-10 em todas as corridas e a lutar por etapas e clássicas, quem sabe.

RFI: Os Jogos Olímpicos podem ser um objectivo?

Rúben Guerreiro: Neste momento temos duas vagas e, honestamente, os contra-relogistas têm mais possibilidades do que nós. Temos o João, o Nélson, um grande ciclista como o Rui, merece todo o respeito, e agora o Morgado também dá bastante boas indicações nas provas de um dia. Eu sempre gostei de representar a seleção, mas veremos, a decisão cabe ao senhor Poeira, ao selecionador nacional.

RFI: Esteve no calor, agora no frio, é complicada esta preparação com tantas mudanças de temperaturas?

Rúben Guerreiro: Nós estamos habituados. Nós portugueses estamos habituados ao clima mais de calor, não é? Não temos condições de treino a estas alturas, já a semana passada no Gran Camiño e é muito difícil passar essa meteorologia em Portugal. Eu agora estou residente em Andorra, mas é difícil lutar com os melhores nestas condições. Mas isso não é uma desculpa e tentamos sempre fazer o melhor.

Ruben Guerreiro, ciclista português.
Ruben Guerreiro, ciclista português. © AFP - THOMAS SAMSON
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Ruben Guerreiro, ciclista da Movistar 04-03-2024

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