O riso como arma contra o terrorismo
Carlos Brito, antigo colaborador dos jornais franceses Le Monde e Le Canard Enchainé, agarrou no lápis e no humor para responder aos ataques de sexta-feira em Paris. O desenhador de imprensa disse à RFI que “o riso é uma daquelas armas talvez mais fortes contra eles”.
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Em menos de um ano, Paris foi alvo da barbárie por duas vezes. Em Janeiro, foi a liberdade de imprensa que foi visada durante o ataque que dizimou a redacção do semanário satírico Charlie Hebdo. Depois, foi a polícia e as pessoas de confissão judaica que foram alvo da ira dos jihadistas.
Agora, foi a própria juventude e todo um modo de vida parisiense que foram barbarmente atacados.
Por todo o mundo, milhares de pessoas manifestaram-se solidárias com a dor e o choque colectivos de um povo e de uma cidade. Em Paris, a Torre Eiffel, a Assembleia Nacional ou a Roda Gigante da Praça da Concórdia foram alguns dos monumentos a vestiram-se de azul, branco e vermelho, as cores da bandeira francesa.
Centenas de pessoas foram desfilando, esta semana, junto aos locais onde morreram 129 jovens nos ataques de sexta-feira, deixando flores, mensagens de adeus e um slogan “Même pas peur” (“Sem medo”).
Houve quem reagisse com o humor porque “o riso é uma daquelas armas talvez mais fortes contra eles”. Foi o caso do cartoonista português Carlos Brito, que já tinha perdido amigos no ataque ao Charlie Hebdo em Janeiro e que não teve medo de voltar a pegar no lápis e no humor para reagir à barbárie.
Carlos Brito
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