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FRANÇA/ESTADOS UNIDOS

França: Estados Unidos honrados em Paris

Os Estados Unidos foram os convidados de honra do desfile militar que assinala em Paris o dia da França. Os novos presidentes francês e americano assinalavam, desta feita, os 100 anos da entrada americana na Primeira Guerra Mundial, determinante para a libertação da França da ocupação alemã.

Presidentes francês a americano e respectivas esposas no desfile do Dia da França em Paris a 14 de Julho de 2017.
Presidentes francês a americano e respectivas esposas no desfile do Dia da França em Paris a 14 de Julho de 2017. Reuters/Yves Herman
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O desfile terrestre e aéreo, tradicional no dia em que se assinala a tomada da Bastilha, momento decisivo para a Revolução Francesa de 1789, teve este ano uma componente simbólica americana.

As primeiras tropas a desfilar nos Campos Elíseos foram um destacamento norte-americano que lembra a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, factor determinante na libertação da França da ocupação alemã.

Tal evento permitiu a chegada de novo armamento, para além da guerra submarina, os bombardeamentos aéreos e os primeiros tanques de assalto.

145 soldados do exército, armada e força aérea dos Estados Unidos integraram o desfile militar na emblemática avenida parisiense, sob o olhar atento dos dois chefes de Estado, Emmanuel Macron, o anfitrião francês, e Donald Trump, o convidado norte-americano.

Ao total foram cerca de 3 700 militares, uma centena de aviões e helicópteros que integraram o desfile.

O sucesso "Get lucky" do dueto francês Daft Punk de música electrónica ecoou de forma inédita no encerramento das marchas militares, sob o olhar visivelmente feliz do presidente Emmanuel Macron.

Já nesta quinta-feira na conferência de imprensa conjunta com Emmanuel Macron o presidente norte-americano Donald Trump enaltecera a primeira e mais antiga aliança dos Estados Unidos, a ligação à França.

E isto numa referência ao marquês de la Fayette que fora apoiar os americanos durante a sua guerra de independência contra os ingleses.

Este desfile ocorre em plena polémica em França em torno das críticas do presidente Macron ao chefe de Estado maior general das forças armadas, o general Pierre de Villiers, por este ter denunciado os cortes orçamentais na defesa, cifrados em 850 milhões de euros.

Macron rejeitou quaisquer críticas, lembrando ser ele o chefe das forças armadas e prometeu um orçamento da defesa de 34,2 mil milhões de euros para 2018, contra os 32,7 mil milhões deste ano, incluindo 650 milhões para as operações externas.

Emmanuel Macron decidiu prescindir da habitual entrevista às rádios e televisões nesta data, contentando-se de uma mera alocução pública no encerramento do desfile militar.

O presidente francês desloca-se esta tarde a Nice para novo desfile militar e uma homenagem às 86 vítimas mortais há um ano atrás à margem dos festejos do Dia da França nesta localidade do sul.

Um tunisino a bordo de um camião atropelara mortalmente 86 pessoas e ferindo dezenas de outras, à margem do tradicional espectáculo pirotécnico, num acto atribuído à organização extremista islâmica Estado Islâmico.

 

 

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