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União Europeia

Migrações no centro de mini-cimeira europeia

A quarta cimeira dos Países do Sul da União Europeia vai reunir, esta quarta-feira, em Roma, os chefes de Estado e de governo da Itália, França, Portugal, Espanha, Grécia, Chipre e Malta. O tema principal deverá ser o desafio migratório.

Operação de salvamento na costa italiana. 8 de Janeiro de 2018.
Operação de salvamento na costa italiana. 8 de Janeiro de 2018. GIOVANNI ISOLINO / AFP
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A cimeira informal vai contar com a participação dos chefes de governo de Itália, Paolo Gentiloni, de Portugal, António Costa, de Espanha, Mariano Rajoy, da Grécia, Alexis Tsipras, e de Malta, Joseph Muscat, e com os presidentes francês Emmanuel Macron e o cipriota, Nicos Anastasiades.

Esta é a quarta reunião neste formato iniciado em Setembro de 2016, pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. Seguiram-se dois outros encontros em Lisboa e em Madrid, em Janeiro e em Abril de 2017, respectivamente.

Em cima da mesa estão as migrações, com os países do Sul da Europa - sobretudo a Itália e a Grécia - a pedirem uma melhor repartição dos migrantes no seio da União Europeia e numa altura em que a gestão dos pedidos de asilo continua um quebra-cabeças para vários países.

Em 2017, a Itália acolheu 119.000 pessoas, a Grécia recebeu 28.800 (seis vezes menos que em 2016 devido ao acordo entre a UE e a Turquia para limitar o número de chegadas) e a Espanha acolheu cerca de 23.000.

Neste momento, a Grécia conta mais de 50.000 migrantes e refugiados, 14.000 dos quais estão em campos sobrelotados nas ilhas do mar Egeu.

A Itália deixou de comunicar o número de requerentes de asilo nos centros de acolhimento, mas o último valor, que remonta à Primavera passada, dava conta de cerca de 200.000 pessoas, repartidas entre centros de acolhimento e pequenas estruturas.

Em Espanha, os centros de retenção onde são colocados os migrantes em situação irregular - antes de serem expulsos - geraram polémica. Devido à falta de espaço, cerca de 500 pessoas foram colocadas numa prisão na Andaluzia e um argelino ter-se-ia suicidado a 29 de Dezembro.

O encontro desta quarta-feira acontece um dia depois de a marinha líbia ter noticiado um novo naufrágio ao largo da Líbia, no qual entre 90 a 100 pessoas estão desaparecidas.

No ano passado, o número de pessoas mortas ou desaparecidas no Mar Mediterrâneo foi de mais de três mil, um número inferior a 2016 quando cerca de 5.000 migrantes morreram durante a travessia de barco.

Outro tema em destaque é o aprofundamento da União Económica e Monetária, numa altura em que, pela primeira vez, um ministro de um país do sul, o português Mário Centeno, vai assumir a presidência do Eurogrupo. Mário Centeno vai suceder, no próximo sábado, ao holandês Jeroen Dijsselbloem na liderança do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro.

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