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FMI/ Crise

Lagarde revê expectativas e diz que FMI precisa de US$400 bi

A recusa de Washington a participar do acordo sobre uma nova injeção de dinheiro no Fundo Monetário Internacional (FMI), obrigou Christine Lagarde a rever suas expectativas. A diretora-gerente afirmou, nesta quinta-feira, que o Fundo precisa conseguir 400 bilhões de dólares, longe dos 600 bilhões que ela tinha citado antes.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, durante conferência de imprensa me Washington nesta quinta-feira.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, durante conferência de imprensa me Washington nesta quinta-feira. REUTERS
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“Os membros do G20 têm diferentes problemas, mas estão comprometidos com o multilateralismo”, declarou Lagarde em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira, na abertura da assembleia semestral do FMI e do Banco Mundial em Washington.

Os ministro de Finanças do grupo de países ricos e emergentes (G20) se reúnem em Washington nesta sexta-feira para fechar um acordo sobre uma nova injeção de dinheiro no Fundo Monetário Internacional (FMI), para qual os Estados Unidos não quer contribuir.

Lagarde se mostrou convencida de que os países presentes chegarão a um acordo antes do fim do encontro.

O Fundo “tem capacidade de obter financiamento suplementar de outros países muito rapidamente se necessário”, advertiu por sua vez esta semana o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.

Otros membros do G20 como Brasil, China e México se mostraram muito prudentes sobre a solicitação do FMI. Eles desviaram a responsabilidade para os países da zona do euro, que já se comprometeram, em dezembro, a contribuir com 150 bilhões de euros.

O FMI dispõe atualmente de aproximadamente 382 bilhões de dólares para empréstimos, uma soma que poderia se tornar rapidamente insuficiente em caso de novos problemas de algum país europeu, como a Espanha.

A Suíça e outros países não identificados se comprometeram a colaborar com o equivalente a 26 bilhões de dólares em novos recursos para o FMI, informou Lagarde pouco antes do início da assembleia geral.

Algumas horas antes, a Polônia tinha se comprometido a colaborar com 8 bilhões de dólares. O Japão ajudaria com 60 bilhões de dólares, a Suécia com 10 bilhões, a Noruega com 9,3 bilhões e a Dinamarca com 7 bilhões de dólares.

Ao todo, o Fundo poderia captar a médio prazo, 320 bilhões de dólares, o que deixaria ainda uma diferença de 80 bilhões para satisfazer os cálculos da diretora-gerente.

Brics

Antes do G20, estava previsto um encontro do grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) para delimitar suas respectivas posições.

A resposta da China poderia ser importante, mas segundo fontes europeias, existe a dúvida sobre se Pequim preferiria esperar a assembleia de chefes de Estado do G20 prevista para junho em Los Cabos, no México.
 

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