Guiné-Bissau: CEDEAO reconhece Umaro Sissoco Embaló como novo Presidente

A CEDEAO reconheceu esta quarta-feira a vitória de Umaro Sissoco Embaló na segunda volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro, depois de a CNE o ter declarado vencedor com 53,55% de votos a 1 de Janeiro de 2020.

Umaro Sissoco Embaló confirmado presidente da Guiné-Bissau pela CNE. SEYLLOU / AFP

Mais uma entidade internacional a reconhecer Umaro Sissoco Embaló como o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro passado na Guiné-Bissau.

Agora é a CEDEAO que pede que se dê posse, rapidamente, ao novo Presidente guineense.

Em comunicado vindo de Abuja, Nigéria e datado desta quarta-feira 22/01, a comissão da CEDEAO felicita Umaro Sissoco Embaló a quem reconhece como sendo o vencedor das eleições presidenciais de 29 de dezembro.

Este reconhecimento da CEDEAO advém dos números apresentados publicamente pela Comissão Nacional de Eleições no passado dia 1 de Janeiro, segundo os quais Umaro Sissoco Embaló é credenciado como tendo obtido 53,55% de votos, contra 46,45% para o seu adversário, Domingos Simões Pereira.

A CEDEAO pede assim às instituições que trabalham no processo eleitoral, que concluam rapidamente o que falta fazer, para que o Presidente eleito tome posse.

A entrada em funções do novo chefe de Estado é a condição fundamental para a normalização política e institucional da Guiné-Bissau, diz a CEDEAO.

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Mussa Baldé, correspondente em Bissau

Esta organização sub-regional considera ainda que as eleições presidenciais decorreram de forma justa, livre e transparente e agradece ainda a participação dos outros candidatos o que demonstra o seu compromisso com os valores democráticos, que são caros à CEDEAO.

Este posicionamento da CEDEAO acontece numa altura em que o processo eleitoral ainda não é dado como concluído.

Com efeito o Supremo Tribunal de Justiça pediu à CNE a realização do chamado apuramento nacional, a CNE diz que já o fez, o Parlamento informa que não poderá dar posse ao Presidente eleito, justamente porque falta cumprir a formalidade exigida pelo Supremo Tribunal.

Umaro Sissoco Embaló diz que vai tomar posse no dia 19 de fevereiro e já convidou vários dos seus homólogos africanos, mas também o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa para a respectiva cerimónia.