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Guiné-Bissau

Presidente guineense patrocina protocolo de paz para a Casamança, no Senegal

O Presidente da Guiné-Bissau patrocinou esta quinta-feira um acordo de cessar-fogo entre uma ala dos rebeldes da Casamansa e o Governo do Senegal. A assinatura do entendimento aconteceu no Palácio da presidência guineense em Bissau. Umaro Sissoco Embaló disse estar convicto de que é desta que a paz vai reinar de forma definitiva na região sul do Senegal e que faz fronteira com o norte da Guiné-Bissau.

O Presidente de Guiné-Bissau e da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, patrocinou um acordo de paz entre o Governo de Senegal e do Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC), na quinta-feira (5) no Senegal.
O Presidente de Guiné-Bissau e da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, patrocinou um acordo de paz entre o Governo de Senegal e do Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC), na quinta-feira (5) no Senegal. © Presidência da República de Guiné-Bissau
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Tudo foi feito assim sem grandes alaridos, mas de facto Bissau foi palco de um acordo que deve levar ao calar das armas na Casamansa.

Pelo menos é a convicção do Presidente Umaro Sissoco Embaló que disse ser inaceitável que este longo conflito perdura por mais tempo, ceifando vidas de homens, mulheres e crianças da Casamansa.

Umaro Sissoco Embaló conseguiu juntar à mesma mesa a ala sul do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), liderada por Cesár Atout Badiate, e as autoridades do Senegal.

A essência deste acordo, cozinhado com um grande envolvimento da Guiné-Bissau, que ficará assim como o garante do mesmo, vai no sentido de, para já, permitir a deposição das armas e nos próximos dias intensificação das conversações para a paz definitiva na Casamansa.

No seu discurso de ocasião, o Presidente Sissoco Embaló defendeu que é tempo de o conflito acabar na Casamansa, um conflito que disse conhecer desde quando ainda tinha 10 anos e hoje está com 50.

Embaló disse que não faz sentido que um conflito entre irmãos dure 40 anos.

Falando em nome do Presidente do Senegal, Macky Sall, Umaro Sissoco Embaló garantiu a César Badiate que possa fazer fé no empenhamento pessoal do Presidente do Senegal no sentido de trazer a paz definitiva à Casamansa.

A grande incógnita disto tudo é saber como vai reagir a ala norte do MFDC, chefiada pelo general Salif Sadio, este que se recusa terminantemente a dialogar com Dacar.

Ouça aqui a correspondência de Mussá Baldé, correspondente em Bissau.

01:41

Correspondência de Mussá Baldé, 05/08/2022

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