Estudantes moçambicanos em situação difícil no Sudão
Os relatos descrevem momentos de sofrimento pelos quais estão a passar os estudantes, num país onde a violência armada, que opõe o exército aos paramilitares, aumentou nos últimos dias.
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As autoridades governamentais moçambicanas asseguram que não estão indiferentes ao grito de socorro dos seus compatriotas, com o Ministério dos Negócios Estrangeiro e Cooperação a confirmar que, neste momento, continuam no Sudão 23 moçambicanos, dos quais 22 são estudantes.
Armando Muiuane, Director do Instituto Nacional para as Comunidades Moçambicanas no Exterior, em declarações à imprensa, explicou os motivos para o atraso na reacção das autoridades nacionais.
“Infelizmente, passámos a saber quantos estudantes estão lá e o que estão a fazer, que curso estão a tirar, agora, com esta crise. Digo infelizmente, porque teria sido melhor se esses estudantes tivessem feito o registo consular numa das missões diplomáticas perto do Sudão, no Cairo ou em Adis Abeba. Teríamos ficado a saber que eles existem, e a nossa acção teria sido muito mais rápida em termos do que deveria ser feito”, revelou o dirigente.
Segundo Armando Muiuane, os 22 estudantes e um padre estão a ser retirados esta segunda-feira de Cartum, com destino à capital etíope Adis Abeba.
A França, a Itália, a Turquia, assim como os Estados Unidos ou a Arábia Saudita estão a retirar os seus nacionais no país, com as autoridades gaulesas a anunciarem mesmo o encerramento da sua embaixada em Cartum.O aeroporto da capital continua a não funcionar e as rotas terrestres de Cartum para fora do país são longas e perigosas.
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