Moçambique: FMI aconselhou melhoria da transparência
As conclusões da visita de 10 dias da missão do FMI a Maputo foram resumidas num comunicado de seis parágrafos, que faz algumas referências positivas à economia moçambicana.
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A introdução de uma política monetária rigorosa em Outubro do ano passado, possibilitou reequilibrar o mercado cambial e reduzir a taxa de inflação de 26% em Novembro de 2016 para 18% em Junho deste ano.
A subida do preço do carvão a nível mundial e o aumento da exportação deste minério permitiram baixar o défice comercial de Moçambique.
O corte de alguns subsídios e a actualização mensal dos preços do combustíveis são medidas também aplaudidas pela missão do FMI que aconselha o governo moçambicano a baixar ainda mais as despesas públicas, como salários.
E isto até porque, lê-se no comunicado que “a divida pública total permanece em perigo e que o governo está a falhar os pagamentos da divida externa".
Depois de 10 dias de trabalho intenso e de reuniões longe da imprensa, com membros do governo, da Justiça, do banco central, parlamentares e até do sector privado às autoridades, a missão do FMI deixou como conselhos a necessidade de se melhorar os mecanismos de transparência, prestação de contas bem como a sua governação.
Numa altura em que Moçambique está mergulhado numa crise financeira provocada pela contracção de dívidas estimadas em 2 mil milhões de dólares por três empresas (EMATUM, PROINDICUS E MAM) com o aval do Estado, mas sem o conhecimento do parlamento e dos parceiros internacionais.
Com a colaboração de Orfeu Lisboa em Maputo
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