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Mundo Arabe/Crise Política

Diplomacia quer repatriar europeus após aumento da violência na Líbia

Diante do aumento da violência e do risco de uma guerra civil na Líbia, os países europeus já cogitam a repatriação de seus cidadãos. Segundo a ONG humanitária Human Rights Watch, pelo menos 230 pessoas morreram desde o início das manifestações em 15 de fevereiro.

Ministros das Relações Exteriores do Luxemburgo, Jean Asselborn(e), e da Itália,  Franco Frattini, durante reunião em Bruxelas.
Ministros das Relações Exteriores do Luxemburgo, Jean Asselborn(e), e da Itália, Franco Frattini, durante reunião em Bruxelas. REUTERS/Francois Lenoir
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Os ministros europeus das Relações Exteriores se reuniram na noite de domingo em Bruxelas para definir uma resposta comum do bloco face ao aumento da violência no mundo árabe. “Nós estamos extremamente preocupados e já estamos coordenando a possível retirada dos cidadãos da União Europeia da Líbia, principalmente de Benghazi”, declarou a ministra espanhola das Relações Exteriores, Trinidad Jimenez.

Alguns países já preparam as manobras de repatriação, como a Áustria, que enviou um avião militar a Malta para uma possível operação de retirada dos europeus da Líbia e de outros países da região. O ministério das Relações Exteriores da Itália também publicou em seu site na internet neste domingo uma mensagem advertindo os italianos a evitar viagens para a Líbia enquanto a situação continuar violenta. Já do lado francês, que conta com 750 cidadãos no território líbio, o ministro das Relações Europeias, Laurent Wauquiez, estima que “por enquanto não há ameaças diretas”.

Nesta segunda-feira os 27 membros do bloco discutem uma reformulação da política de ajuda aos países árabes. Na terça-feira a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, tem viagem prevista a região para discutir com as autoridades locais. Durante a reunião de domingo ela pediu novamente o fim da violência e o respeito dos direitos “legítimos” da população. “Não podemos aceitar que atiradores de elite atirem nas pessoas”, completou nesta segunda-feira o ministro luxemburguês das Relações Exteriores Jean Asselborn.

Onda de imigração

Enquanto os representantes da diplomacia se preocupam com o aumento da violência no mundo árabe, alguns responsáveis políticos alertam para as conseqüências em seus países. Temendo a onda de imigrantes clandestinos vindos da África em razão dos conflitos, o ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, pediu prudência. “Nós não devemos dar a impressão de que exportamos a nossa democracia. Nós devemos ajudar a apoiar a reconciliação pacífica, mas a Europa não deve interferir”, disse Frattini. A Líbia faz fronteira com seis países e é um dos principais pontos de passagem de imigrantes clandestinos que saem do norte da África em direção à Europa pelo Mar Mediterrâneo.
 

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