Franceses continuam em primeiro lugar no ranking do pessimismo

Os franceses se mantêm em primeiro lugar como os campeões mundiais do pessimismo. É o que revela uma pesquisa sobre o estado de ânimo dos habitantes de 51 países feita para os jornais "Le Parisien" e "Aujourd'hui en France". Os países emergentes são apontados como os mais otimistas em relação ao futuro.

Famosos por estarem sempre reclamando, franceses são adeptos de protestos. Flickr/philippe leroyer

A pesquisa anual do BVA Gallup International aponta que 81% dos franceses estimam que 2012 será um ano de dificuldades econômicas. Em geral, os europeus estão deprimidos com a crise econômica, mas os franceses parecem estar bem mais do que os vizinhos. Na Europa ocidental, em média 52% dos entrevistados se mostraram pessimistas quanto ao futuro. Em 25 anos de sondagem, nunca os franceses foram tão negativos no plano econômico e no pessoal. A impressão geral é de que a nova geração não terá um padrão de vida melhor que a dos pais.

No mundo, a principal conclusão da pesquisa é de que a "esperança" diminuiu 5 pontos em relação aos períodos econômicos mais promissores. O estudo também mostra que existe uma grande diferença entre os países desenvolvidos e emergentes. A crise no velho continente confirma a colocação no "top 10" do pessimismo. A Irlanda ficou em segundo lugar, à frente da Áustria e da Bélgica.

Se o otimismo diminui na América Latina e na Ásia em relação ao ano passado devido aos impactos da crise econômica, na África ele aumenta a cada ano. A Nigéria, potência econômica africana e grande produtor de petróleo, é o país mais otimista do mundo. O antropólogo Gilles Boetsch explicou para o diário Aujourd'hui en France que as taxas de otimismo dos indivíduos não dependem necessariamente da situação econômica pessoal. Brasil e Portugal não fizeram parte da pesquisa.

Com a colaboração de Carla Tomazini