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Síria/governo

Vice-presidente continua no país, afirma regime sírio

A TV oficial síria desmentiu neste sábado que o vice-presidente Farouk al Chara deixará o país, contrariando os boatos de que ele estaria prestes a fugir para a Jordânia, como seu primo, Yarab al Chara. Os combates continuam intensos em Aleppo, onde os rebeldes tentam retomar o controle da cidade. Depois da nomeação de Lakhdar Brahimi, novo mediador internacional, o chanceler russo voltou a pedir o cessar-fogo.

Um combatente do Exército Sírio Livre, em 17 de agosto de 2012
Um combatente do Exército Sírio Livre, em 17 de agosto de 2012 REUTERS/Goran Tomasevic
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Sem mostrar nenhuma imagem do vice-presidente, a TV Síria divulgou um comunicado de seu gabinete, afirmando que  “Farouk al Chara nunca pensou em deixar o país”, apesar da deserção de seu primo, Yarab, que fez um apelo para que as forças armadas se unissem aos rebeldes. No texto, Chara também se disse satisfeito com o anúncio da nomeação do diplomata argelino Lakhdar Brahimi. O novo mediador internacional que substitui Kofi Annan terá a missão quase impossível de colocar um fim no conflito que já deixou 17 mil mortos nos últimos 17 meses, sem intervenção militar.

Em um comunicado, os líderes do Exército Livre da Síria desmentiram o governo de Bachar al Assad, afirmando que houve uma tentativa fracassada de fuga de Chara. A última aparição pública do vice-presidente ocorreu no dia 18 de julho, durante o enterro de três responsáveis das forças do regime. Recentemente, diversos líderes do regime abandonaram o governo, entre eles o premiê Riad Hijab e o general Manaf Tlass, amigo de infância do presidente Bachar al-Assad. O chanceler francês, Laurent Fabius, disse nesta quinta-feira que, em breve, provavelmente outras autoridades sírias de peso deixariam o governo.

Em entrevista ao canal Sky News Arabia, o ministro russo das relações exteriores, Serguei Lavrov, voltou a pedir o cessar-fogo, mas reiterou ser contrário à criação de uma zona de exclusão aérea para proteger os rebeldes, como ocorreu na Líbia, em 2011. A Rússia, membro do Conselho de Segurança da ONU e aliada do regime sírio, espera que o novo mediador defenda uma transição política pacífica, como propõe o plano de paz proposto por Annan e o acordo de Genebra, assinado em julho. As duas estratégias, por enquanto, se revelaram infrutíferas.

Combates continuam em Alep

Em Alep, as tropas de Bachar al Assad utilizam armas cada vez mais pesadas para impedir o avanço dos rebeldes, que tentam tomar o controle da cidade. O número de refugiados aumenta diariamente. Pelo menos 170 mil sírios deixaram o país em direção ao Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas.

 

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