Acesso ao principal conteúdo
Síria/Armas

França, EUA e Reino Unido discutem em Paris plano sobre arsenal químico da Síria

Nesta segunda-feira, Estados Unidos, França e Reino Unido se reúnem em Paris para discutir os desdobramentos do acordo de destruição do arsenal de armas químicas da Síria, proposto pela Rússia e Estados Unidos. O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, vai receber o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler britânico, William Hague.

Inspetores da ONU na periferia de Damasco, durante as investigações sobre o uso de armas químicas na Síria.
Inspetores da ONU na periferia de Damasco, durante as investigações sobre o uso de armas químicas na Síria. REUTERS/Mohamed Abdullah
Publicidade

Um dia depois do anúncio do plano de eliminação do arsenal químico da Síria proposto pela Rússia e os Estados Unidos, governos de todo o mundo repercutem o acordo. O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, comemorou o plano, dizendo que ele pode abrir caminho para uma solução pela via política. A Liga Árabe também acusa o governo da Síria de estar por trás dos ataques com armas químicas. O governo de Bachar al-Assad está suspenso da Liga, que passou o assento à oposição síria.

Em Berlim, o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, apoiou o acordo, mas pediu que ele seja rapidamente colocado em prática. Ele também ofereceu apoio direto da Alemanha na destruição do arsenal químico do governo sírio. “Queremos que as armas químicas sejam proscritas e destruídas em todo o planeta, para que o mundo esteja mais seguro. Estamos dispostos a oferecer uma contribuição técnica ou financeira para a destruição das armas da Síria”, disse Guido Westerwelle.

Num encontro neste domingo em Pequim entre os ministros das relações exteriores da China e da França, o ministro chinês, Wang Yi, saudou o acordo discutido em Genebra e disse que seu país apoia a resolução. Mas insistiu que as negociações devem seguir pela via política, dentro do Conselho de Segurança da ONU. Ele sugeriu que um outro acordo poderia incluir também os rebeldes sírios na questão do uso das armas químicas.

Já o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, manteve o discurso firme contra o governo sírio. Ele afirmou que o acordo é um importante avanço, mas que trata-se “apenas de uma primeira etapa”. Ele disse ainda que é preciso aguardar o anúncio do relatório dos inspetores da ONU sobre o uso de armas químicas no massacre de 21 de agosto, que será divulgado na segunda-feira e afirmou que “ninguém pode supor que a partir de um relatório estarrecedor, não sejam tomadas medidas duras.”

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.