Nova ofensiva no Iêmen mata cinco integrantes da Al Qeda
Cinco membros da Al Qaeda morreram nesta sexta-feira (2) em um ataque das forças armadas iemenitas no sul do Iêmen, segundo a agência oficial Saba. O ataque também teria deixado dezenas de feridos e acontece três dias depois da operação que teria matado supostos extremistas de nacionalidade brasileira que integrariam a rede.
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Apesar das suspeitas, o Itamaraty negou ter enviado um diplomata ao país para confirmar a existência de brasileiros na Al Qaeda no Iemên. A embaixada brasileira em Riade, na Árabia Saudita, ainda está em contato com as autoridades iemenitas para verificar a informação. Segundo o governo brasileiro, existe a possibilidade dos combatentes terem usado passaportes falsos.
O ataque desta sexta-feira na região de Maifaa aconteceu por terra e teve o apoio de aviões de combate. Três veículos da rede terrorista, um deles equipado com lança-foguetes, foram destruídos. O bombardeio integra a ofensiva organizada pelo governo para expulsar os combatentes da Al Qaeda em Chabwa e na província vizinha de Abyane.
Até agora, 51 pessoas já morreram na operação militar lançada nesta terça-feira, entre eles 24 soldados e 27 integrantes da rede. Diversos bombardeios aéreos também destruíram bases de treinamento dos extremistas.
Chefe da Al Qaeda no Iêmen ameaça autoridades iemenitas
O chefe militar da Al Qaeda na Península Arábica, Qassem al-Rimi, ameaçou nesta sexta-feira as autoridades do país de represálias depois dos ataques dos drones americanos contra os islamitas. Em um vídeo publicado no site da rede, o comandante da Aqpa declarou que o grupo atacaria todos os “estabelecimentos, ministérios, bases, quartéis e veículos que tivessem ajudado os americanos".
O chefe da rede extremista também diz ter uma lista de “todos aqueles que participaram das operações’’, que ‘’deverão pagar o preço’’ pelo envolvimento na ofensiva do governo iemenita.
Os Estados Unidos são o único país que possui drones na região. Os aparelhos foram usados de maneira intensa no ano passado para dar apoio à luta das autoridades iemenitas contra a Aqpa e mataram dezenas de pessoas suspeitas de pertencer à rede terrorista.
A Aqpa é considerada a filial mais perigosa da Al Qaeda, que aproveitou o enfraquecimento do governo iemenita em 2011 para reforçar sua presença no sul e no leste do país.
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