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Rússia/ Coreia do Norte

Rússia diz "compreender" irritação da Coreia do Norte com filme polêmico

A Rússia disse nesta sexta-feira (26) que entende a ira da Coreia do Norte com o filme americano A Entrevista. Um porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores disse que a comédia é “agressiva e escandalosa”. O longa retrata um complô fictício da CIA, a agência de inteligência americana, para assassinar o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

Kim Jong Un, líder norte-coreano, durante sessão de fotos no dia 25 de dezembro.
Kim Jong Un, líder norte-coreano, durante sessão de fotos no dia 25 de dezembro. REUTERS/KCNA
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“A ideia do filme é tão agressiva e escandalosa que a reação dos norte-coreanos é plenamente compreensível”, declarou o diplomata Alexandre Loukachevitch, em um comunicado. “A Rússia está preocupada com uma escalada de tensões nas relações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte”, afirma o texto.

Pyongyang ameaçou os Estados Unidos de “represálias” se a comédia fosse lançada no dia 25 de dezembro, como estava previsto. Mas um grave ataque cibernético à Sony Pictures, que produziu o filme, acabou levando o estúdio a cancelar a exibição, uma decisão que foi revogada nesta semana. A Entrevista estreou nesta quinta-feira (25) em cerca de 300 salas de menos prestígio do país. Washington aponta o regime norte-coreano como o responsável pela invasão no sistema de informática da companhia, uma acusação que Pyongyang refuta.

Convite russo a líder norte-coreano

O comunicado do porta-voz russo ainda destaca que “as ameaças americanas de vingança e os pedidos para outros países condenarem a Coreia do Norte parecem contraprodutivos e perigosos”.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, convidou Kim Jong-Un para visitar Moscou e assistir as celebrações do 70º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, em maio de 2015. Moscou pretende celebrar com entusiasmo a comemoração, que pode ser a primeira viagem internacional do líder norte-coreano desde que assumiu o regime, em 2011.

A Rússia é um dos poucos aliados da Coreia do Norte, junto com a China. O falecido ditador norte-coreano Kim Jong-Il visitou Moscou em 2011, para uma rara reunião com o então presidente russo, Dimitri Medvedev. Kim Jong-Il faleceu em dezembro do mesmo ano.
 

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