Sudão e Bahrein cortam relações diplomáticas com Irão
O Sudão e o Bahrein seguiram o caminho da Arábia Saudita e cortaram relações diplomáticas com o Irão. A morte de Nimr al-Nimr mistura-se com a luta pela supremacia regional entre a Arábia Saudita (sunita) e o Irão (xiita). Houve protestos em vários países do Médio Oriente
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"O governo do Sudão anuncia com efeito imediato o romper das relações diplomáticas com a República Islâmica do Irão", declarou o ministério sudanês das Relações Exteriores num comunicado.
Este anúncio acontece poucas horas depois do corte de relações por parte do Bahrein.
As tensões entre países xiitas e sunitas continuam a aumentar desde a execução pela Arábia Saudita de um importante líder religioso xiita.
O ministro do Interior da Arábia Saudita anunciou na manhã de sábado a execução de 47 pessoas por alegados “actos terroristas”. Apesar do número particularmente alto de mortes, tem sido a de um entre os 47 que tem levado a manifestações espontâneas um pouco por todo o Médio Oriente.
Trata-se de Nimr al-Nimr, um clérigo xiita, defensor da igualdade para aquela minoria do Islão e um declarado opositor ao regime autoritário de Salman Al Saud.
Ontem, a embaixada da Arábia Saudita em Teerão foi tomada por uma multidão enfurecida, que conseguiu atear fogo ao edifício, destruindo-o parcialmente.
Para José Manuel Anes, especialista português do Terrorismo e de Antropologia Religiosa da Universidade Lusíada de Lisboa, seria muito grave um confronto entre a Arábia saudita e o Irão, as duas potências da região, pelo que tem haver uma mediação ocidental neste conflito entre os sunitas e xiitas.
José Manuel Anes, especialista português do Terrorismo e de Antropologia Religiosa
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