Síria:oposição ausente da mesa de negociações
Práticamente cinco anos depois do início do conflito, a comunidade internacional inicia em Genebra uma nova ronda negocial para chegar à um consenso sobre a futura transição política no país do Médio Oriente. As negociações não começam sob o melhor auspício se considerarmos que alguns sectores da oposição decidiram não participar na conferência supervisada pela ONU.
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As Nações Unidas afirmam que independentemente da participação ou não dos vários sectores da oposição síria , as negociações para pôr um termo ao conflito na Síria devem ter lugar. Nesta sexta-feira o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura acolheu a delegação governamental síria chefiada pelo ministro dos negócios estrangeiros, Bashar al-Jaffari. Por seu lado figuras da oposição, independentes do Alto Comité para as Negociações, confirmaram a sua presença à mesa de negociações. Os representantes do Alto Comité para as Negociações sírio encontram-se desde há quatro dias na Arábia Saudita, onde prosseguem discussões sobre a situação na Síria.
A nova ronda negocial apoiada por potências externas é tida como uma reunião crucia,l para pôr um fim ao conflito que dura desde Março de 2011 e já provocou a morte de mais de 260.000 pessoas, assim como contribuiu para a fulgurante ascensão da milícia extremista autodenominada Estado Islâmico. A guerra na Síria destabilizou o Médio Oriente , levando igualmente potências regionais como a Arábia Saudita, o Irão e a Turquia a implicarem-se na complexa situação.
Segundo Staffan de Mistura, estas negociações de Genebra representam a última grande oportunidade para os sírios encetarem um processo de reconciliação nacional. Os representantes do governo de Damasco e os opositores negociarão por intermédio de mediadores.
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