Greve geral na Guiana Francesa
A União dos Sindicatos da Guiana Francesa deu hoje início a uma greve geral. Em causa está a falta de segurança, pobreza e desemprego.
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Nos últimos dias, a Guiana Francesa vive momentos de tensão com manifestações crescentes nas ruas deste distrito ultramarino francês. Os habitantes da Guiana estão agora sob a ameaça de uma paralisação da vida económica no território, com uma alta taxa de desemprego.
As escolas e a universidade estão fechadas e os voos para a capital, Cayenne, foram cancelados.
A economia em desequilíbrio e uma forte taxa de desemprego estão na origem destas reivindicações sociais. A ministra de Ultramar, Ericka Bareigts, apelou, esta manhã, "à calma" e "ao diálogo", no entanto não excluiu a possibilidade de se deslocar até ao local "quando as condições estiverem reunidas".
O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, que já pedira “calma” e “diálogo” no fim-de-semana aos moradores, voltou a pronunciar-se; e anunciou o envio de uma delegação de ministros "até ao final da semana".
"Uma delegação ministerial estará no local até ao final desta semana (...) se forem cumpridas condições de respeito - e insisto neste ponto -e de ordem republicana reunidas", declarou o primeiro-ministro francês. Bernard Cazeneuve que afirmou ainda querer assinar junto da Guiana Francesa um "pacto para o futuro" nos "o mais rapidamente possível".
A Guiana Francesa é um território, potencialmente, rico com 8 milhões de hectares de floresta e minas de ouro, de bauxite e diamante, mas a população que representa 260.000 habitantes da Guiana estima que as riquezas são sob exploradas.
O Departamento de Estado norte-americano lançou um aviso sobre a possibilidade de os protestos se tornarem violentos.
Greve na Guiana Francesa com primeiro-ministro Bernard Cazeneuve
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